Mais uma vez o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central frustra os trabalhadores (as) e se curva aos especuladores. Tragicamente, também em nosso País, estamos reféns dos poderosíssimos interesses dos rentistas.
A manutenção da taxa em 10,50% a.a. é um verdadeiro desastre para a economia do País, mantendo o Brasil com o 2º maior juro real do mundo e um prêmio aos especuladores.
O aperto monetário do Banco Central está asfixiando não só a atividade econômica, a produção industrial e a geração de novos postos de trabalho, mas também compromete o consumo das famílias.
Vale destacar que juros altos sangram o País e inviabilizam o desenvolvimento, restringindo o enorme potencial de crescimento do Brasil, bem como os investimentos em educação, saúde e infraestrutura, entre outros.
Enquanto isso, os banqueiros lucraram 26 bilhões de reais só no último trimestre. Baixar os juros é fundamental para a retomada do crescimento sustentável, com inclusão do povo trabalhador na economia para além da mera subsistência.
Essa nefasta política, adotada pelo atual presidente do Banco Central, Campos Neto, resulta em queda da atividade econômica, deteriora o mercado de trabalho e a renda, aumenta o desemprego.
A taxa de juros mais baixa proporciona crédito mais acessível para pessoas e empresas; incentiva o consumo; previne a inadimplência e incrementa investimentos em pequenas e médias empresas, entre outros.
Nós trabalhadores insistimos na agilidade e reduções eficazes dos juros e vamos continuar com mobilização e pressão para uma drástica queda nas taxas de juros para que o Brasil continue a retomada do crescimento econômico.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes