Em São Paulo, a taxa de desemprego recuou de 6,5% em junho para 5,7%, no mês passado.
Além da capital paulista, o IBGE apresentou taxas referentes a julho para as regiões metropolitanas de Recife (6,5%), Porto Alegre (3,8%) e Belo Horizonte (4,4%). Nessas regiões, as taxas tinham registrado estabilidade em junho.
Segundo a pesquisa de julho, o número de pessoas desocupadas caiu 1,08% em São Paulo, ao passar de 1,85 milhão, em junho, para 1,83 milhão, no mês passado.
Naquele mês, a greve dos servidores do instituto já havia prejudicado a divulgação do indicador por conta também de problemas com o processamento dos dados do Rio de Janeiro. Em maio, a taxa média de desemprego havia sido de 5,8% para as seis regiões.
Segundo o IBGE, o rendimento caiu em três das quatro regiões cujos dados estão disponíveis. A maior perda foi registrada em Recife (-3,5%), seguida por Belo Horizonte (-1,8%) e São Paulo (-1,1%). Em Porto Alegre, a variação ficou estável.
Já o emprego com carteira no setor privado em nenhuma região houve variação significativa –em todas, o índice ficou dentro da margem de erro da pesquisa.
PESQUISA
Segundo o IBGE, a pesquisa é a mais afetada por conta do grande volume de dados e pelo fato de ser a única mensal do tipo domiciliar –o pesquisador vai à casa dos entrevistados. Realizada por empregados terceirizados, a coleta continua sendo feita normalmente, de acordo com o instituto.
O problema é que os dados precisam conferidos por uma equipe de funcionários próprios de agências estaduais do IBGE –muitos estão parados e bloqueiam o envio das informações para a sede.
Ao fim da greve, o IBGE promete divulgar a taxa de desemprego média de junho e a julho, caso não seja possível apresentar os dados completos hoje. Procurados, líderes grevistas não foram localizados na sede do sindicato.
O maior contingente de servidores em greve está no Rio de Janeiro. A paralisação prejudicou também a divulgação ontem do IPC-15, prévia do IPCA (indicador oficial de inflação do país).
Para levantar a variação do preço do serviço de empregado doméstico, o IBGE usa os dados de rendimento da categoria da pesquisa de emprego.
Sem as informações de junho, o instituto (que usa os dados com dois meses de defasagem), repetiu a informação de maio. O item empregado doméstico subiu 1,11% em agosto, abaixo da variação de 1,37% de julho.