Miguel Torres

Sofremos sim uma grave derrota no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, nesta sexta, 29 de junho de 2018, com seis ministros a favor do fim da contribuição sindical obrigatória e somente três contrários a este item da reforma trabalhista imposta pelo Temer e aliados.

Porém não podemos entrar em pânico nem criar dificuldades para novas articulações políticas daqui pra frente sobre o tema. As ações de resistência à aplicação da reforma trabalhista devem continuar sendo colocadas em prática nas portas de fábrica, assim como devem ser intensificados os debates democráticos com os candidatos das eleições 2018 em busca de soluções contra a precarização nas relações de trabalho no Brasil.

O movimento sindical, atuante em defesa dos direitos trabalhistas, sociais e previdenciários da classe trabalhadora, não merece ser penalizado por uma lei que teve este parecer favorável do Supremo. A lei da reforma trabalhista, vale reafirmar, é ilegítima, ilegal e só serve para intensificar a crise e impedir a retomada do desenvolvimento e da geração de empregos de qualidade para todos.

Como diz uma canção popular, é hora do “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”, pois a luta continua e para a classe trabalhadora só a “luta faz a lei”!

Miguel Torres 
presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), presidente interino da Força Sindical e um dos coordenadores do Movimento Brasil Metalúrgico