Desindustrialização em discussão em Brasília

Fotos Daniel Cardoso

Miguel Torres na mesa com ministros e sindicalistas

Os presidentes dos Sindicatos de Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, da Força Sindical, Paulinho, da CUT, e demais centrais sindicais, participaram nesta segunda-feira, 1 de agosto, de uma reunião no Palácio do Planalto, com os ministros Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da presidência da República, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Na pauta, a questão da desindustrialização e a pauta dos trabalhadores pela produção nacional e os empregos.

A reunião teve início às 17h e até 19h30 ainda não havia terminado.
“Nosso objetivo é debater a desindustrialização que ocorre no País e encaminhar nossas reivindiações para a elaboração de uma política de geração de empregos de qualidade e de valorização da indústria nacional”, afirma Miguel Torres.


Paulinho, Miguel Torres e presidentes de outros sindicatos e centrais


Política Industrial

“O movimento Sindical tem envidado esforços para tratar do tema desindustrialização, pois esse tema não só afeta a produção e o emprego no Brasil, como vai de encontro ao projeto de desenvolvimento em curso no país.
Nesse sentido, esse processo fere os interesses de todos trabalhadores brasileiros.
Nosso interesse em discutir uma política industrial que fortaleça a produção Industrial e melhore o emprego, está calcado nas melhores práticas democráticas e da construção de políticas públicas.
Nosso interesse nesse debate é trabalhar na construção de uma política industrial que seja fruto de uma concertação social de um pacto tripartite que supere os gargalos e limites das políticas difusas da década de 1990.
Nós, trabalhadores, defendemos uma política industrial sistêmica, que supere a simples desoneração de alguns segmentos, defendemos uma política que fortaleça setores estratégicos para o desenvolvimento do país, política industrial que seja efetiva tanto em aspectos macroeconômicos, como câmbio e juros, mas que também enfrente problemas nas áreas de tecnologia, qualificação profissional.
Nós, trabalhadores, esperamos ousadia p r parte do governo na defesa dos interesses nacionais.
Nós sabemos que o reconhecimento de um problema por si só, não garante a ação do governo por meio de uma política pública; sabemos que é necessário um contexto político e institucional favorável. A junção entre problema, solução e decisão política para o encaminhamento de uma política segue uma lógica sistêmica e contingente. Todos os elementos estão na agenda, muito mais que uma crise, existe uma janela de oportunidade estratégica para o país. Precisamos aproveitá-la com abnegação e sapiência.

O que propomos?
Criação fórum nacional permanente Tripartite da Indústria de Transformação que tenha como objetivos:
-Adensamento da cadeia produtiva;
-Justiça tributária;
-Política de inovação tecnológica;
-Relações trabalhistas;
-Qualificação Profissional;
-Política de nacionalização de itens importados”