Dia dos aposentados em janeiro será de protesto


João Inocentini e Paulinho da Força à
frente da mobilização

Diante da absoluta falta de motivos para comemorar, o Sindnapi vai realizar uma grande manifestação de protesto em São Paulo, na quinta-feira, 24 de janeiro de 2013, Dia Nacional dos Aposentados.

A organização do ato está a cargo do Sindnapi-SP, que já começou a convocar aposentados e pensionistas para a manifestação. A concentração será na rua do Carmo, 171, às 9:00 horas em frente à sede nacional do Sindnapi – de onde os manifestantes seguirão em passeata para o ato que se realizará na Praça da Sé, centro antigo de São Paulo.

Refletindo a insatisfação dos aposentados, a manifestação será mais um protesto público contra a forma como a presidenta da República, Dilma Roussef, vem tratando a categoria desde o início de seu governo, em janeiro de 2010.

“O governo dá dinheiro para empresários, enquanto o trabalhador perde até 45% da sua renda ao se aposentar pelo Fator Previdenciário”, afirma João Inocentini, presidente do Sindnapi. “Se a presidenta não pensar no que está fazendo, dentro de pouco tempo todos os aposentados estarão na vala do salário mínimo”, denuncia Hélio Herrera Garcia, o Peninha, presidente do Sindnapi-SP.

Os aposentados não esquecem que, em 2010, a presidenta Dilma Roussef, então em campanha eleitoral, prometeu extinguir o Fator Previdenciário. No entanto, o governo alegou que a extinção pura e simples desequilibraria as contas da Previdência Social. Os sindicalistas apresentaram então a proposta do Fator 85/95, menos prejudicial aos trabalhadores. Mesmo assim o governo resiste à mudança.

“O Fator 85/95 incentivaria o consumo, o nível de emprego e a atividade industrial”, explica Inocentini, uma vez que melhoraria o poder aquisitivo das aposentadorias. O mesmo efeito teria a concessão de aumento real para os benefícios com valores acima do salário mínimo, outra reivindicação dos aposentados que o governo Dilma também tem se recusado a aceitar desde 2010.

Por isso, no seu dia comemorativo, diz Inocentini, os aposentados, nesse ano, nada terão para comemorar. “Nem nós, nem os trabalhadores da ativa”, ele finaliza, chamando também os futuros aposentados para participar do ato de protesto.