FONTE: Diário do Vale
Nos atuais níveis de inflação, deixar parado o dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) representa uma perda de 3,09% do poder de compra ao ano. O cálculo é do economista Miguel de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (associação dos profissionais de finanças).
“Com o IPCA [índice oficial de inflação] em 6,18%, quem tem R$ 10 mil depositados, após 12 meses, só conseguirá comprar R$ 9.691 em produtos”.
Por esse motivo, especialistas afirmam que o trabalhador deve sempre estar atento às oportunidades de sacar o dinheiro do FGTS. Com rendimento de 3% ao ano mais TR (Taxa Referencial, hoje zero), o fundo perde para qualquer aplicação.
“Deixando o dinheiro na poupança nova, o rendimento líquido, em dois anos, será de mais de R$ 500″, diz o economista José Vieira Dutra. Até dezembro, havia saldo de R$ 269 bilhões no FGTS. A Caixa Econômica Federal não informou quanto desse total poderia ser sacado e não foi.
Pode retirar o dinheiro do fundo, por exemplo, quem vai se aposentar ou foi demitido sem justa causa. E, uma vez adquirido o direito de saque, não há prazo para que ele seja efetuado, de acordo com a Caixa. A exceção é feita ao saque autorizado por desastre natural. Nesse caso, o resgate deve ser feito em até 30 dias.
O FGTS deve ser recolhido, por exemplo, por empregadores de funcionários com carteira assinada, trabalhadores temporários e atletas profissionais. Agora, passou a ser obrigatório também para contratantes de domésticos (ainda é necessária regulamentação). A contribuição equivale a 8% da remuneração.