Diretora em reunião da Força e sindicalistas chineses


Diretora Leninha (na foto, à direita), do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, participou de reunião na sede da Força Sindical com integrantes da Federação Nacional dos Sindicatos da China e levantou questões sobre a mulher trabalhadora naquele país.

Nossa central pretende aprofundar cooperação com a Federação

Uma comitiva representando a Federação Nacional dos Sindicatos da China se reuniu na terça-feira, 18, com dirigentes sindicais da Central, para aprofundar o acordo de cooperação entre as duas entidades.

Nilton de Souza, Neco, secretário de Relações Internacionais da Força Sindical, explicou a atuação da Central no País. Para Luiz Carlos Motta, tesoureiro da Força Sindical, o intercâmbio com entidades sindicais de outros países é importantíssimo para adquirir experiência.

Na reunião, Ni Jianmin, vice-presidente e membro do Secretariado da Federação Nacional dos Sindicatos Chineses, falou rapidamente sobre a situação atual da economia chinesa, dos sindicatos daquele país e o intercâmbio Brasil/China.

De acordo com Jianmin, embora tenha sido afetada pela crise econômica mundial de 2008, a China ainda consegue manter o crescimento da economia. “Ao longo de muitos anos, a China gerou nove milhões de empregos e nos anos recentes, os trabalhadores obtiveram aumento real de salários de 13%. A previsão para este ano é crescimento da economia de 7,5%”, disse.

Ao responder a pergunta feita pela diretora da Fetiasp, Neuza Barbosa, sobre convenção coletiva, Jianmim declarou que 68% dos trabalhadores fazem parte das entidades sindicais. Os acordos coletivos têm duração de três anos,mas  a negociação salarial é feita uma vez por ano. Uma das ações dos sindicatos é proteger os direitos dos trabalhadores que migram dos campos para as cidades.

Aires Ribeiro, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Americana e da Federação da categoria no Estado, quis informações sobre  os funcionários públicos daquele país e os sindicalistas chineses esclareceram que, em seu país, o salário da categoria é determinado pelo governo e que os trabalhadores são contratados através de concurso público.

Quanto a questões de gênero, uma preocupação da diretora Maria Euzilene Nogueira, a Leninha, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, os chineses informaram que a lei determina igualdade salarial entre homens e mulheres, mas na hora de contratar muitas empresas preferem admitir homens.

Elias Ferreira, secretário-geral do Sindicato das Costureiras SP e Osasco, disse ter se impressionado com o poderio econômico de algumas empresas que visitou na China e com o salário que elas pagam aos trabalhadores. Os dirigentes chineses destacaram que este poderio acontece com empresas que conseguem mais lucros, mas esta não é a realidade de todas as empresas.

A comitiva da china foi composta por:
Ni Jianmin, vice-presidente e membro do secretariado da Federação, Zhan Jiangue, diretor do Departamento de Convênio Coletivo, Wu Jianxian, vice-presidente da União Sindical da Província de Zhejiang, Zhu Bin, vice do departamento internacional da Federação, Zhang Ginliang e Geng Kianmin.

Matéria publicada em www.fsindical.org.br