A intransigência do sindicato patronal, mesmo após meses de negociação, levou os trabalhadores da construção civil de São Paulo a realizarem greve geral por tempo indeterminado a partir desta segunda, 27 de maio.
Segundo o líder da categoria, Antonio de Sousa Ramalho, o Ramalho da Construção, a mobilização dos trabalhadores aconteceu em frente ao canteiro de obra da Construtora RFM, na Alameda Rio Claro, 190, Bela Vista, às 7 horas da manhã, e depois todos os manifestantes caminharam em direção à Praça Roosevelt.
“Tivemos um caminhão de som nos apoiando nesta empreitada. Nos unimos em frente a uma obra da RF, na Bela Vista, e, de lá, fizemos uma passeata até a Praça Roosevelt, passando por trechos de grande movimento, como Avenida Paulista e Avenida Consolação. Mesmo assim, não atrapalhamos a mobilidade da sociedade, pois respeitamos em todo momento as orientações da CET e da Polícia Militar”, explica Ramalho.
A mobilização não aconteceu apenas no Centro de São Paulo. Obras em Pirituba e em outras regiões da cidade também foram paralisadas por decisão dos próprios trabalhadores. Embora a equipe do Sindicato esteja reduzida por conta da Reforma Trabalhista, a entidade conseguiu fazer um ótimo trabalho, graças também ao apoio de muitos Sindicatos e Centrais. Todas as obras que estavam dentro do planejamento foram paralisadas.
“O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, por intermédio dos diretores e assistentes presentes aos canteiros de obra, apoia plenamente às justas reivindicações da categoria da construção civil. Nós acreditamos nas ações unificadas do movimento sindical para fortalecer as inúmeras lutas em defesa dos direitos da classe trabalhadora”, diz Miguel Torres, presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
Reivindicações da Greve
. Aumento salarial de 5,07%;
. Pisos salariais corrigidos em 5,07%;
. Vale-refeição de R$ 35,00
. Café da manhã de qualidade: copo de café com leite, dois pães com queijo (recheio equivalente ao de lanches das padarias e lanchonetes), suco de laranja natural e uma porção de frutas;
. Lanche da tarde: pão com frios e café com leite ou suco;
– PLR de R$ 2,5 mil, de acordo com a lei 10.101/2000, pagos em meses a combinar, além de muitos outros itens.
A greve continuará por tempo inderteminado até o Sindicato Patronal assinar a nossa pauta de reivindicações.