Dispensas sobem em 2014, diz sindicato

DE SÃO PAULO

A Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo (SP), deve suspender até novembro o contrato de cerca de 1.200 funcionários que estavam em licença remunerada desde o final de maio, quando um dos turnos parou.

A mesma realidade enfrenta a PSA Peugeot Citroën, que anunciou um plano de demissão voluntária para cerca de 650 funcionários em Porto Real (RJ); Volkswagen e General Motors também aderiram às dispensas temporárias em suas respectivas fábricas neste ano.

O chamado layoff, ao lado de demissão voluntária e férias coletivas, se tornou comum neste ano entre as montadoras, que sofrem com as baixas vendas e precisam adequar o ritmo de produção aos estoques cheios.

De acordo com Bartolomeu Citeli, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, os layoffs estão mais comuns em 2014, principalmente pela retração do mercado.

“A recuperação nas vendas está demorando mais do que no ano passado, quando o governo tomou medidas para incentivar o setor. Por isso, os layoffs nas montadoras estão acontecendo com mais frequência neste ano”, afirma Citeli.

Dados da Fenabrave (federação das distribuidoras de veículos) revelam queda de 7,23% nos emplacamentos em maio, sobre o mesmo período de 2013.

Segundo analistas, a retração do mercado interno e a queda nas exportações para Argentina são as principais causas no declínio de vendas.