Célia Froufe
Depois de números pífios em março, o mercado de trabalho formal voltou a se aquecer em abril. E a expectativa do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, é que a expansão ocorra mês a mês até que o saldo de criação de vagas líquidas atinja a marca histórica de 3 milhões de novos postos este ano.
Para ele, isso será possível porque, ao contrário do que foi visto em 2010, a tendência é de aquecimento do setor na segunda metade do ano. No mês passado, foram criados 272,2 mil empregos com carteira assinada. Muito acima dos 103 mil postos verificados em março, depois da atualização do número, mas distante do resultado do mesmo mês de 2010, quando o saldo foi recorde para o período, com 349 mil novas vagas.
“Controlada a inflação, a tendência é de crescimento maior de geração de empregos com carteira assinada no segundo semestre”, avaliou Lupi ao detalhar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) ontem. “Teremos mais expansão no segundo semestre.”
O curioso é que Lupi prevê um aquecimento do mercado de trabalho mesmo sabendo que o crescimento econômico do Brasil será menos robusto do que o verificado em 2010. Ele disse que isso é possível porque as novas vagas serão fruto de investimentos já ocorridos que começam a amadurecer, com as empresas passando para a fase de contratação.
Lupi disse não ter dúvidas de que o resultado de maio será melhor do que o de abril. “A construção civil está muito forte; os serviços, pujantes.”
São Paulo
Em abril foram geradas 37.225 vagas na Região Metropolitana de São Paulo. Em março, haviam sido criadas 25.266 vagas na região.
O setor que mais contratou no mês na região foi o de serviços (22.208 vagas), seguido pelo comércio (5.702) e construção civil (4.976).