Em memória das vítimas de acidentes e doenças do trabalho

O 28 de abril é o Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, momento oportuno para uma maior consciência sobre os devastadores índices de acidentes e doenças do trabalho que afetam os trabalhadores e suas famílias, no Brasil e no mundo todo.

Hoje, mesmo com uma ainda preocupante crise econômica nas grandes economias mundiais, o Brasil continua ganhando a confiança do mercado internacional, graças ao diálogo social e ao empenho do setor produtivo, do esforço da classe trabalhadora e das medidas governamentais em busca de um desenvolvimento sustentável, com distribuição de renda e geração de emprego.
 
No entanto, temos ainda um grave problema para resolver: a falta de controle nos ambientes de trabalho. Mesmo perante um universo empresarial moderno e dinâmico, milhares de mortes e acidentes e doenças do trabalho ocorrem anualmente, mostrando que precisamos mudar este trágico caminho que implica ao País o desperdício de algumas dezenas de bilhões de reais, gastos com indenizações da Previdência, custos com saúde pública e perda de produtividade. E esta conta, caríssima, todos nós pagamos com muito sacrifício.

Por isto, conclamo os trabalhadores metalúrgicos de todo o País, das demais categorias, e toda a sociedade brasileira para se manifestarem contra esta tragédia, lembrando as vítimas que adoeceram, morreram ou foram mutiladas.

Nós, metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, que, com muito orgulho, contribuímos para a grandeza do nosso Brasil, a exemplo da Força Sindical, CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), OIT, ONU e OMS, entre outras entidades, adotamos esta data que simboliza, acima de tudo, as iniciativas de luta pela busca da qualidade de vida e do Trabalho Decente.

Assim, pelo respeito à história da classe trabalhadora, dirijo-me aos trabalhadores e trabalhadoras, dirigentes sindicais das Confederações, Federações e Sindicatos, profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho e trabalhadores Cipeiros, envolvidos e comprometidos com a defesa da preservação da saúde e da vida, recomendando que cobrem dos patrões a responsabilidade por um ambiente de trabalho saudável, isento de riscos de acidentes e doenças, e digno para os nossos trabalhadores, e o apoio e uma participação maior e consciente da sociedade nesta luta fundamental. Para que as atuais e futuras gerações tenham, enfim, um futuro melhor!

Miguel Torres
Presidente da CNTM-Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e vice-presidente da Força Sindical