Em um País com cerca de 14 milhões de desempregados, sem contar os que não procuram mais emprego, por desalento, com milhares de famílias morando nas ruas, sem nenhum tipo de amparo, com sistema de saúde falido e falta de segurança crescente, para dizer o mínimo, o presidente Michel Temer teve a coragem (pra não dizer a cara de pau) de afirmar, na Alemanha, para onde viajou para participar da reunião da Cúpula do G20, que: “crise econômica no Brasil não existe. Pode levantar os dados e você verá que estamos crescendo no emprego, estamos crescendo na indústria, estamos crescendo no agronegócio. Lá não existe crise econômica”.

Em que País o presidente vive?

No dia 13 de junho, o IBGE divulgou que o desemprego no Brasil atinge 13,8 milhões de pessoas. Na comparação com o mesmo período de 2016, houve alta de 20,4%, com um adicional de 2,3 milhões de pessoas desocupadas. Já a produção industrial cresceu em maio, mas a recuperação é considerada “pouco vigorosa” pelo IBGE.

Conduta inaceitável para um presidente envolvido em denúncia de corrupção passiva e que tenta, a todo custo, se manter no poder e aprovar reformas impopulares, por meio da “barganha” de oferta de cargos e liberação de emendas parlamentares, sem nenhum diálogo efetivo com o movimento sindical e a classe trabalhadora, entre outras medidas repressivas contra a população que compõe a maioria dos cidadãos brasileiros.

O Brasil está muito mal representado perante os demais países, sejam eles do primeiro mundo ou em desenvolvimento!

Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes, da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e vice-presidente da Força Sindical