A Scania vai colocar cerca de 80% de sua fábrica em São Bernardo, ou seja, 3.200 funcionários, em férias coletivas a partir do dia 12, com retorno programado para o dia 26. Segundo a montadora de caminhões, a decisão foi tomada por causa do desaquecimento dos mercados brasileiro e argentino, e consequente ajuste de volumes de produção.
Ainda de acordo com a companhia, que é especializada em veículos pesados e extrapesados e em chassis de ônibus, por operar em sistema global de produção, a Scania continuará avaliando mês a mês as condições de mercado para definir o ritmo de fabricação. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a empresa informou também que, em razão de indefinições em relação a regras de financiamento, do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), no fim de 2013, teria havido antecipação de compras, por parte dos clientes.
Além disso, as vendas de veículos para a Argentina, principal cliente do Brasil no Exterior, registraram queda de 25% neste início de ano, na comparação com o primeiro trimestre de 2013.
GENERAL MOTORS – Depois de abrir, em março, PDV (Programa de Demissão Voluntária) que teve adesão bem menor do que o esperado – a meta era chegar a 600, mas só participaram 348 –, a General Motors vem, gradualmente, demitindo ou deixando de renovar contrato de trabalho por prazo determinado na fábrica do Grande ABC, diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão. Segundo ele, nesse período já foram desligadas mais 50 pessoas.
O dirigente afirma ainda que a entidade tem buscado diálogo com a montadora, para tentar reduzir os cortes e para que seja mantido o terceiro turno no local. A unidade fabril, que conta com 11 mil trabalhadores, está parada, já que os empregados estão em férias coletivas até dia 28, quando retornam à atividade.