Por Rafael Rosas
RIO- O emprego na indústria brasileira recuou 0,7% em maio, na comparação com o mês anterior, quando tinha declinado 0,4%. Os dados, na série livre de influências sazonais, foram apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação a maio do ano passado, houve queda de 2,6% no emprego industrial, 32º resultado negativo nesse tipo de comparação e o decréscimo mais expressivo desde os 3,7% de novembro de 2009.
Mantendo esse tipo de comprativo, o contingente de trabalhadores encolheu em 13 dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo sobre a média global foi observado em São Paulo (-3,7%), destacou o IBGE, que também citou o resultado do Rio Grande do Sul (-3,8%), Paraná (-4,0%) e Minas Gerais (-2,1%). A exceção coube a Pernambuco, onde o emprego industrial cresceu 0,3%.
Nos primeiros cinco meses do ano, o emprego na indústria acumulou baixa de 2,2%; nos últimos 12 meses, o recuo foi de 1,7%.
O IBGE apontou ainda que o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria diminuiu 0,8% em maio, na comparação com o mês anterior, quando tinha avançado 0,1%.
Ante maio do ano passado, o número de horas pagas na indústria recuou 3,3%, a 12ª taxa negativa nessa comparação e a maior desde os 5,3% de outubro de 2009. No acumulado nos cinco primeiros meses do ano, as horas pagas na indústria cederam 2,7%; em 12 meses, houve decréscimo de 2%.
Considerando o confronto com maio de 2013, todos os 14 locais e 16 dos 18 ramos pesquisados apontaram taxas negativas. Em termos setoriais, as principais influências de baixa vieram de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,4%), meios de transporte (-6,4%), produtos de metal (-7,7%), máquinas e equipamentos (-4,8%), calçados e couro (-7,6%) e produtos têxteis (-6,8%). Em sentido contrário, tiveram aumento nas horas pagas os setores de minerais não-metálicos (1,7%) e de produtos químicos (0,7%).
Por sua vez, a folha de pagamento real avançou 1,9% em maio, depois de subir 0,5% em abril. Perante maio do ano anterior, houve elevação de 1,4%, quinto resultado positivo consecutivo. Nos cinco primeiros meses de 2014, o valor da folha de pagamento real na indústria aumentou 1,7%, enquanto nos últimos 12 meses a alta acumulada foi de 0,9%.