Emprego industrial registra queda de 0,4% em novembro e de 3,1% no ano de 2014

EMPREGO E PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM 2014

O Emprego na Indústria apresentou retração de 0,4% em novembro de 2014, na comparação com outubro. Ante ao mesmo mês do ano anterior (novembro de 2013), a queda foi de 4,7%; no acumulado do ano (janeiro a novembro), o recuo foi de 3,1%. A Produção Industrial também apresentou retração de 3,2% no acumulado do ano.

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

Em novembro de 2014, o pessoal ocupado assalariado na indústria apresentou queda de 0,4% frente a outubro, na série com ajuste sazonal. Esta é a oitava taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 4,3%. Em relação a novembro de 2013, o emprego industrial caiu 4,7%, 38º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto. Desta forma, o índice acumulado nos onze meses do ano (jan-nov) apresentou queda de 3,1%. O índice acumulado dos últimos 12 meses também recuou (-3,0%). No confronto com novembro de 2013, em que o emprego industrial recuou 4,7%, o contingente de trabalhadores apontou redução em todos os 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo foi observado em São Paulo (-6,1%). Vale citar também os resultados negativos assinalados por Minas Gerais  (-4,5%), Região Nordeste (-3,8%), Paraná (-4,8%), Rio Grande do Sul (-4,4%) e Região Norte e Centro-Oeste (-4,2%). Setorialmente, ainda no índice mensal de novembro de 2014, o total do pessoal ocupado assalariado recuou em 16 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de alimentos e bebidas (-4,0%), meios de transporte (-7,7%), produtos de metal (-8,3%), máquinas e equipamentos (-6,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,2%), calçados e couro (-7,9%), vestuário (-4,8%), outros produtos da indústria de transformação (-6,5%) e metalurgia básica (-5,8%). Por outro lado, os impactos positivos sobre a média da indústria foram observados nos setores de produtos químicos (1,0%) e de minerais não metálicos (0,1%). No índice acumulado nos onze meses de 2014, o emprego industrial mostrou queda de 3,1%, com taxas negativas em 13 dos 14 locais e em 16 dos 18 setores investigados. Entre os locais, São Paulo (-4,3%) apontou o principal impacto negativo da indústria, vindo a seguir Rio Grande do Sul (-4,3%), Paraná (-4,3%), Minas Gerais (-2,7%), Região Nordeste (-1,9%), Rio de Janeiro (-2,7%) e Região Norte e Centro-Oeste (-1,4%). Por outro lado, Pernambuco, com avanço de 0,4%, exerceu a única pressão positiva. Setorialmente, ainda no índice acumulado no ano, as contribuições negativas mais relevantes sobre a média nacional vieram de produtos de metal (-7,2%), máquinas e equipamentos (-5,6%), meios de transporte (-5,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,0%), calçados e couro (- 8,0%), vestuário (-3,4%), outros produtos da indústria de transformação (-4,3%), produtos têxteis (-4,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,7%). Em sentido contrário, os impactos positivos foram registrados por produtos químicos (1,5%) e minerais não metálicos (0,8%).

HORAS PAGAS RECUA 0,9% EM NOVEMBRO, NA COMPARAÇÃO COM OUTUBRO

Em novembro de 2014, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, recuou 0,9% frente ao mês imediatamente anterior, sétima taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 4,9%. Na comparação com novembro de 2013, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou 5,5%, 18º taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde setembro de 2009 (-6,1%). No índice acumulado dos onze meses do ano, houve redução de 3,7% frente a igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, também apresentou queda de 3,6%. No índice acumulado nos onze meses de 2014, em que houve recuo de 3,7% no número de horas pagas, 16 dos 18 setores pesquisados apontaram redução. Os impactos negativos mais relevantes foram verificados nos ramos de produtos de metal (-8,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,9%), meios de transporte (-6,0%), calçados e couro (-8,9%), vestuário (-3,8%) e produtos têxteis (-5,2%). Em sentido oposto, os setores de minerais não-metálicos (1,0%) e de produtos químicos (0,9%) registraram as

contribuições positivas sobre o total do número de horas pagas aos trabalhadores da indústria. Em nível

regional, todos os 14 locais investigados apontaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 5,0%

registrado por São Paulo, vindo a seguir Rio Grande do Sul (-5,3%), Paraná (-5,2%), Minas Gerais (-3,4%) e Região Nordeste (-2,9%).

FOLHA DE PAGAMENTO REAL APRESENTA QUEDA DE 2,6% EM NOVEMBRO

Em novembro de 2014, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 2,6% frente ao mês imediatamente anterior, eliminando parte do avanço de 1,1% registrado em outubro último. Neste mês, verifica-se a influência negativa tanto da indústria de transformação (-2,2%), quanto do setor extrativo (-3,7%).Na comparação com novembro de 2013, o valor da folha de pagamento real recuou 5,6%, sexta taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. Com isso, o valor da folha de pagamento real assinalou variação negativa de 0,8% no índice acumulado dos onze meses do ano. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao mostrar recuo de 1,0%, apontou o resultado negativo mais intenso desde abril de 2010 (-1,1%). No índice acumulado nos onze meses de 2014, em que o valor da folha de pagamento real assinalou decréscimo de 0,8%, as taxas foram negativas em 11 dos 14 locais pesquisados. O impacto negativo mais relevante sobre o total da indústria foi registrado por São Paulo (-1,5%). Vale destacar também, embora em menor escala, os recuos vindos de Rio Grande do Sul (-2,3%), Região Nordeste (-1,5%), Rio de Janeiro (-1,2%) e Ceará (-2,3%). Em sentido contrário, a principal contribuição positiva foi assinalada pela Região Norte e Centro-Oeste (2,6%), seguida por Santa Catarina (1,1%). Setorialmente, ainda no índice acumulado no ano, o valor da folha de pagamento real recuou em 11 das 18 atividades pesquisadas, pressionado, principalmente, pelas quedas vindas de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,2%), de produtos de metal (-5,3%), de meios de transporte (-1,9%) e de máquinas e equipamentos (-2,5%). Por outro lado, os setores de alimentos e bebidas (1,9%), de minerais não-metálicos (3,7%), de produtos químicos (1,2%) e de borracha e plástico (1,2%) apresentaram as principais contribuições negativas no índice acumulado dos onze meses do ano.