Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
O emprego na indústria brasileira registrou queda de 1,4% em 2012, com taxas negativas em 12 dos 14 locais pesquisados, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
São Paulo (-2,6%) apontou o principal impacto negativo no total da indústria, seguida da Região Nordeste (-2,7%), Rio Grande do Sul (-1,9%), Santa Catarina (-1,1%), Bahia (-2,6%) e Ceará (-2,5%). Os resultados positivos vieram do Paraná (2,2%) e de Minas Gerais (0,8%). Ainda nessa comparação, o valor da folha de pagamento real cresceu 4,3%, com taxas positivas em todos os 14 locais investigados, com destaque para São Paulo (2,1%), Paraná (9,5%), Minas Gerais (6,4%), Região Norte e Centro-Oeste (7,2%), Região Nordeste (5,1%), Rio de Janeiro (5,5%), Santa Catarina (5,4%) e Rio Grande do Sul (4,1%).
Na comparação com dezembro de 2011, o emprego na indústria registrou queda de 1,3%. Esse foi o 15º resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde setembro último (-1,9%).
A redução ocorreu em 13 dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo foi observado na Região Nordeste (-3,8%), seguido de São Paulo (-1,2%), Rio Grande do Sul (-4,2%) e Pernambuco (-5,7%). O Paraná (0,7%) apontou a única contribuição positiva sobre o emprego industrial do país. Ainda na comparação com dezembro de 2011, o valor da folha de pagamento real cresceu 8% em dezembro de 2012, 36º resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação.
A pesquisa mostra também que o total do pessoal ocupado na indústria em dezembro mostrou variação negativa de 0,2% ante novembro passado. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de vestuário (-9,7%), calçados e couro (-7,9%), têxtil (-7,7%), outros produtos da indústria de transformação (-4,3%), meios de transporte (-2,7%), madeira (-9,2%) e metalurgia básica (-5,4%). Já a atividade de alimentos e bebidas subiu 4,9% e foi o principal resultado positivo no mês.
O total do pessoal ocupado assalariado recuou em 13 dos 18 ramos pesquisados em dezembro, na comparação com novembro. A principais contribuições negativas vieram de vestuário (-8,6%), têxtil (-7,4%), calçados e couro (-5,4%), meios de transporte (-2,5%), outros produtos da indústria de transformação (-3,7%) e madeira (-7,7%). O principal impacto positivo foi observado no setor de alimentos e bebidas (3,2%).
O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria caiu 2,3% em dezembro passado após avançar 7,9% em novembro. Os principais resultados negativos vieram do setor extrativo (-6%) e da indústria de transformação (-2,7%).
Edição: Lílian Beraldo
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