Entidades empresariais e centrais sindicais participam do lançamento da Coalizão Indústria-Trabalho

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Representantes de entidades de classe empresariais, centrais sindicais e sindicatos de trabalhadores estiveram presentes no Auditório Celso Furtado para o ato de lançamento do movimento em defesa da indústria de transformação e dos empregos. Batizado de Coalizão Indústria – Trabalho para a Competitividade e o Desenvolvimento, o movimento envolve 46 entidades da indústria de transformação e três centrais sindicais – Força Sindical, UGT, CGTB.

O presidente da Abimaq (Associação Brasileira da indústria de Máquinas), Carlos Pastoriza, abriu o ato dizendo que a razão do movimento é que a indústria de transformação e o emprego industrial estão sendo destruídos e o Brasil está perdendo a possibilidade de ser incluído no rol dos países desenvolvidos.

“É um grito de alerta à sociedade e ao governo para essa destruição lesa pátria por conta da situação macroeconômica, que está acabando com a atividade industrial e incentivando a importação”, disse.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, disse que “poderíamos estar vivendo outro momento, mas não é o que acontece. Os empresários estão em situação difícil e os trabalhadores estão sendo perseguidos com a perda de direitos”, disse.

Segundo Miguel Torres, “este movimento nasceu para ser a favor do Brasil, mas quando o governante diz que vai corrigir distorções e tira direitos estabelece políticas equivocadas. “Não é tirando direitos que vão resolver os problemas econômicos. O governo está paralisado nas suas ações; nós, capital e trabalho, temos que pensar no que nos une e avançar. Queremos trabalho para todos, melhorar nossas condições sociais, renda, benefícios. Temos que levar essa luta pra fora desse plenário”, disse.

O deputado federal Paulinho da Força, disse que “é um crime o que estão fazendo com a indústria nacional. É o máximo do descaso. Até a moeda brasileira (Real) está sendo fabricada no Canadá. O aço dos carros está vinco da China. Essa coalizão é para dizer que não aceitamos mais isso”, afirmou.

Jorge Gerdau, da Açobrasil, disse que “este momento é histórico. Somos 4,5 milhões de trabalhadores representados pelas entidades sindicais. Somos aqui mais de 50% do faturamento da indústria de transformação.”

Segundo ele, na década de 80, a participação da indústria de transformação no PIB era de 35%, depois caiu para 24% e hoje está em 12%. Três fatores básicos, segundo ele, contribuem para isso: a carga tributária elevada, juros altos e taxa de câmbio (dólar alto).

Após os discursos, foi lido um manifesto da Coalizão no qual “a indústria de transformação nacional pede socorro”. O documento ressalta que “estamos deixando de produzir riqueza e renda. Milhões de empregos que pagam melhores salários deixam de ser gerados e estão sendo transferidos para outros países”.O documento conclui que “é preciso que o Congresso Nacional e os governadores façam urgentemente a sua parte para restaurar a competitividade da indústria de transformação nacional”.

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