No mês retrasado, faturamento da indústria avançou 1,9%, informa CNI.
Emprego e horas trabalhadas também cresceram em novembro de 2010.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
Depois de recuar em outubro, o faturamento da indústria voltou a crescer em novembro do ano passado, na comparação com o mês anterior, quando avançou 1,9%, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (20) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No acumulado dos onze primeiros meses de 2010, o faturamento industrial avançou fortemente (10,4%) na comparação com igual período de 2009, novo recorde histórico para este período.
“Após alguns meses de crescimento moderado, o ritmo da atividade industrial se intensificou em novembro”, informou a entidade. De acordo com a CNI, o faturamento avançou, em novembro, em 18 dos 19 setores pesquisados. Desses, 13 setores registraram aceleração, sendo os de maior destaque: materia eletrônico e de comunicação, máquinas e materiais elétricos.
Mercado de trabalho aquecido
A CNI informou também que o mercado de trabalho na indústria segue “aquecido”. O indicador de emprego avançou 0,4% em novembro e 5,4% nos onze primeiros meses do ano passado. “O indicador dessazonalizado de emprego da indústria voltou a crescer frente ao mês anterior [outubro], enquanto que a renda média real do trabalhador industrial, praticamente, manteve o forte ritmo de crescimento registrado em outubro”, informou a entidade.
Horas trabalhadas na produção
No caso das horas trabalhadas na produção (indicador relacionado com a produção do setor), a CNI informou que houve uma expansão de 1,6% em novembro do ano passado, contra o mês anterior, e de 7,5% de janeiro a novembro de 2010. “Mesmo com esse movimento, o indicador de horas trabalhadas ainda permanece inferior ao registrado no período pré-crise (-1% frente ao índice de setembro de 2008).
Uso do parque industrial
O nível de uso do parque da indústria (conhecida como utilização da capacidade instalada) somou 82,6% em novembro do ano passado, informou a CNI, com aumento de 0,2 ponto percentual frente a outubro deste ano (82,4%). Este é o segundo crescimento consecutivo do indicador, após cinco meses de queda. “Mesmo com esse resultado, a utilização da capacidade instalada ainda está 0,7 ponto percentual abaixo do registrado antes da crise financeira (setembro de 2008)”, acrescentou a entidade.