Fundo lucrou R$ 14,55 bilhões. Metade desse total foi dividida entre 88 milhões de trabalhadores

RIO – O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) registrou o maior resultado da história em 2016. Ao todo, o FGTS lucrou R$ 14,55 bilhões no ano passado, segundo informou o Ministério do Trabalho nesta terça-feira. O patrimônio líquido do Fundo chegou a R$ 98,17 bilhões.

O ministério confirmou ainda a repartição de metade do lucro total — R$ 7,27 bilhões —, distribuídos proporcionalmente entre 88 milhões de trabalhadores com contas ativas e inativas até 31 de dezembro de 2016. A medida fez com que a remuneração dos trabalhadores superasse a inflação anual pela primeira vez em nove anos — a última vez que a correção do FGTS tinha sido maior do que a inflação havia sido em 2007.

A ideia de dividir o lucro do fundo já existia desde o ano passado. O governo aproveitou a medida provisória que permitiu o saque de contas inativas para definir uma política permanente que melhore a rentabilidade para os trabalhadores. A norma estipula que metade do lucro será repartida com os cotistas todos os anos.

O rendimento médio é de R$ 30 por trabalhador. Ele varia de acordo com o saldo que cada um tem na conta do FGTS.

A maioria dos cotistas receberá até R$ 10. Quase 181 milhões de contas terão aportes iguais ou menores que isso. Já quase 48 milhões de contas terão depósitos de até R$ 100. Apenas 16 milhões de trabalhadores terão um dividendo até R$ 1 mil.

Quanto maior o benefício, menor o número de beneficiados. Apenas 835 mil trabalhadores tem saldo suficiente para receber rendimentos que chegam a R$ 5 mil. E somente 24,6 mil pessoas terão um aporte acima desse valor.

FI-FGTS

O Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS) também bateu recorde em 2016, com lucro de R$ 2,63 bilhões. O dinheiro aplicado no FI, que financia grandes obras de infraestrutura como geração de energia, saneamento, ferrovias, rodovias e portos, cresceu 8,3% no ano — também o maior o maior rendimento desde a criação da operação, em 2007.