Iugo Koyama
Miguel Torres, presidente do Sindicato e vice da Força Sindical
O acampamento pela redução da jornada de trabalho, montado desde terça-feira passada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, em frente à Fiesp (Federação das Indústrias do ESP), na Avenida Paulista, 1.313, foi encerrado na sexta-feira, 16 de abril, ao meio-dia, com a lavagem da calçada do prédio da entidade com ervas perfumadas.
A limpeza foi feita por sete mulheres ´filhas` da Comunidade da Luz, ao som da música Rainha Negra, interpretada por Maria Bethânia, e acompanhada por cerca de 200 manifestantes metalúrgicos, da construção civil, costureiras, do setor brinquedos e da Força Sindical.
Iugo Koyama
Sete filhas da Comunidade da Luz lavam a calçada com àgua perfumada
O presidente do Sindicato, Miguel Torres, falou da importância do conjunto das atividades sindicais desenvolvidas em frente à entidade patronal, “símbolo do capital”, para divulgar para a população a luta dos trabalhadores pela redução da jornada de trabalho no País, sem redução de salários.
“A lavagem, simbólica, é para purificar este espaço, a cabeça e o coração dos empresários, para que eles se convençam de que é possível termos redução de jornada no Brasil, com desenvolvimento econômico e social”, disse Miguel Torres.
Após a lavagem, com vassouras e rodo, os manifestantes varreram o local e encerraram o ato bradando em coro: “40 horas já para o emprego aumentar!”.
Miguel Torres reforça que a luta pela redução da jornada não para por aqui. “O silêncio da Fiesp com relação a esta questão não vai enfraquecer a nossa luta. Vamos continuar pressionando o Congresso Nacional a votar e aprovar a PEC 231/95 das 40h e negociando acordos de redução com as empresas”.
Fotos de Iugo Koyama
Arakém, secretário-geral do Sindicato, participa da ação seindical e ajuda as mulheres
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