A Educação de qualidade é uma bandeira da Força. Nesta entrevista, a nova secretária nacional de Educação da Central, Sara Santana, fala sobre o tema.
- Força Sindical – Qual é a política para a Educação que a Central defende?
Sara – Defendemos uma Educação pública, gratuita e de qualidade para todas as pessoas.
- Força Sindical – Como pode conseguir isto?
Sara – A Educação é um direito de todos. A Constituição garante isto. Então, a gente tem de garantir que todas as pessoas tenham acesso e condições de permanecer estudando. Como garantimos isto? Com investimento. Precisa ter recurso para garantir Educação de qualidade. Não dá para falar em Educação se não falar de recurso.
- Força Sindical – Normalmente a gente fala de recursos mas, às vezes, temos a impressão de que os recursos destinados à Educação não são bem gastos, ou seja, o setor não gasta bem o dinheiro que tem. Por exemplo, o dinheiro não chega à sala de aula aonde precisa. Esta é a impressão de vocês também?
Sara – É a questão da gestão dos recursos públicos. É preciso que ela seja fiscalizada. O governo tem a responsabilidade de atender as crianças com qualidade, dar garantia e valorização para os profissionais, ter estrutura, ter os insumos necessários para atender. Então muito se perde, e quando chega na escola realmente não tem. É preciso fiscalizar.
- Força Sindical – E quem fiscalizaria?
Sara – A sociedade. A sociedade precisa ocupar esse espaço, fiscalizar. Não é só eleger o candidato e deixar que ele trabalhe sozinho. É preciso fiscalizar para ver se eles estão cumprindo os programas, os projetos de governo, os planos de educação.
- Força Sindical – Vocês também defendem melhores salários para os professores e profissionais de Educação?
Sara – Com certeza. Precisamos valorizar porque como trabalhar com uma criança se o profissional não é bem remunerado, não tem um plano de carreira que garanta que ele possa atuar com um emprego só. Os profissionais que fazem a alimentação precisam ter formação para atender bem as crianças.
6. Força Sindical – Recentemente têm surgido denúncias de agressão de alunos contra professores. O que pode ser feito para acabar com esta guerra?
Sara – A gente precisa verificar os problemas. Hoje temos salas superlotadas, profissionais mal remuneradas, poucos profissionais atuando, as famílias que sofrem com o desemprego. Não é ter somente a sala de aula, mas também ter saúde, que as crianças tenham atendidas suas necessidades. Não podemos falar só na agressão à pessoa da professora. Ela ali representa o Estado que está oprimindo aquela criança. Não podemos pensar somente que o aluno cometeu uma agressão contra a professora, mas toda agressão do Estado para com este aluno. Todo direito dele também está sendo negado.