Força Sindical e demais centrais protestam na Paulista pela queda dos juros

Manifestação foi realizada no dia em que os membros do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) começaram a discutir a taxa básica de juros que será anunciada nesta quarta-feira

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A Força Sindical ao lado das demais centrais realizou, nesta terça-feira, 18, mais uma vez ato unitário no dia em que o Copom iniciou a reunião que vai decidir se a taxa básica de juros (Selic) será reduzida, mantida ou aumentada.  A manifestação mobilizou centenas de sindicalistas e representantes de movimentos sociais, como a Confederação das Mulheres do Brasil, Federação das Mulheres Paulistas e União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES). Hoje a taxa está em 14,25% ao ano.

Vale lembrar, que em outubro de 2012, o Copom fixou a Selic em 7,25% a.a., e, de lá para cá, a cada reunião, os juros subiram entre 0,25 e 0,5 pontos percentuais, com algumas poucas manutenções. Em julho de 2015 os juros alcançaram os atuais 14,25%, e foram mantidos por dez reuniões, até a última, em agosto deste ano. “Não tem cabimento manter os juros em patamares tão altos quando a economia nacional atravessa uma severa recessão, com empresas fechando e o desemprego assustando a todos”, alerta Paulinho.

João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força, ressaltou que mais uma vez o ato foi em protesto contra os juros elevados e para pressionar o governo a realizar uma redução drástica na taxa. “A redução da taxa de juros vai elevar o consumo e a produção, fazendo assim com que a geração de empregos cresça em nosso País”.

O Sindicalista ressalta que os juros praticados no Brasil são um dos maiores no mundo e que desta forma inibi o investimento no País. “Para ajudar o país a sair desta crise é fundamental, que neste momento, os juros sofram uma redução drástica para ampliar as possibilidades de investimento. Enquanto o governo não reduzir a taxa de juros a níveis aceitáveis vamos continuar protestando”.

A unidade dos trabalhadores será determinante para pressionar o governo a baixar os juros e a impedir as reformas com retirada de direitos, avalia Edson Bicalho, secretário-geral da Federação dos Químicos de São Paulo. “Juros maiores só servem para alimentar o capital financeiro, corroer a economia e acabar com os empregos em nosso país”.

O presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, Josinaldo José de Barros (Cabeça) parabenizou o movimento sindical pela unidade na luta para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. “O governo deve enfrentar os rentistas e baixar a taxa de juros aquecendo o consumo e a produção e consequentemente a geração de empregos voltará a crescer”.

Maria Euzilene Nogueira, Leninha, diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, reforçou que os trabalhadores não vão aceitar nenhum direito a menos. “Unidos vamos lutar não só pelos direitos, mas por uma redução drástica da taxa de juros”.

Sales José da Silva, também diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes, lembrou que a especulação interessa somente ao setor patronal e que os trabalhadores devem se unir na luta, para impedir que a conta da crise continue sendo repassada para os trabalhadores. “Estamos atentos e mobilizados e não aceitaremos uma pequena redução da taxa de juros”.

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