Jaelcio Santana Manifestação em frente ao Teatro Municipal |
A Secretaria da Criança e do Adolescente da Força Sindical lançou nesta quarta-feira (11), na Praça Ramos de Azevedo, em São Paulo, a campanha “Todos Juntos Contra o Trabalho Infantil”. O Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil é comemorado na quinta, dia 12, mas a Central antecipou a manifestação por causa da abertura da Copa do Mundo.
A manifestação atraiu a curiosidade de um grupo de croatas que veio assistir os jogos no Brasil. “É bom que eles vejam que o Brasil não é só futebol, mas lutamos contra o trabalho infantil também”, diziam os sindicalistas.
“Não podemos mais aceitar que crianças trabalhem em carvoarias em pleno Estado de São Paulo ou vendendo doces nos faróis das cidades. Lutamos contra o trabalho infantil e para que as crianças fiquem nas escolas em período integral; reivindicamos a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais para que os pais possam se dedicar mais à educação dos filhos e evitar que eles fiquem largados”, declara Vilma Pardinho, secretária nacional da Criança e do Adolescente da Força Sindical. Ela lançou esta mesma campanha em Guarulhos, no dia 10.
Sindicatos ligados à Central desenvolvem projetos dedicados a criança e do adolescente, como Meu Guri (Sindicato dos Metalúrgicos de SP), Eremim (Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco), Meu Futuro (Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos) e Sindiquímicos (Sindicato dos Químicos de Guarulhos). “Consideramos fundamental cuidar das crianças e adolescentes para transformar o País”, diz Valclécia Trindade, 2ª secretária da Força Sindical.
Maria Euzilene Nogueira, Leninha, diretora do Sindicato dos Metalúrgicos SP, destacou que os nossos avós e pais foram massacrados, mas hoje nossas crianças precisam ir para a escola e não trabalhar.
“Colocando as crianças nas escolas evitaremos adultos com sequelas no futuro”, diz Maria Cristina dos Santos, diretora dos Metalúrgicos de SP.
Já Alex Lima, tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, explicou como funciona o Instituto Cultural Meu Futuro, que cuida de 170 crianças na base de sua entidade.Roberto Sargento, secretário de comunicação da Força Sindical SP, foi o apresentador no ato e ressaltou sua preocupação contra a facilidade que os jovens têm de usar drogas.
Valdir Rodrigues, da Força Sindical do Estado de S. Paulo, informou que participa da ONG “Comunidade do Novo Glicério”, que mantém 380 crianças praticando esportes. “Tiramos as crianças das ruas e aquela violência que existia na região do Glicério é coisa do passado”, contou.
Durante o ato, os dirigente distribuíram para a população o Cartão Vermelho contra o Trabalho Infantil.
Participaram do lançamento diretores e diretoras do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, dirigentes químicos, trabalhadores em refeições coletivas, em edifícios, na alimentação, mestres e contramestres, entre outros.
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Fotos Jaelcio Santana e Paulo Segura
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