Jaélcio Santana |
Para Miguel Torres, presidente da central, estes encontros estreitam relações sindicais e fortalecem a luta global dos trabalhadores em todo o mundo
Com o objetivo de estreitar as relações bilaterais que cercam o mundo do trabalho, sindicalistas do Brasil e da Rússia realizaram um encontro na manhã desta sexta-feira (18), na sede da Força Sindical, em São Paulo.
Participaram do encontro dirigentes sindicais de diferentes categorias entre as quais, alimentação, aposentados, comerciários, construção civil, brinquedos, metalúrgicos, químicos e têxteis, ligados a Força Sindical e representando a Federação de Sindicatos Independentes da Russia estavam Mikhail Shmakov, Yevgeny makarov, Alexey Zharkov e Sergey Popello.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ressaltou a importância de receber os sindicalistas russos como uma forma de estreitar as relações sindicais entre os dois países. “O recente encontro realizado pelo Brics Sindical foi fundamental para a realização desse encontro para para fortalecer a luta sindical internacional, por melhores condições para os trabalhadores de todo o mundo”, disse Torres.
O secretário-geral da Central, João Carlos Gonçalves (Juruna), ressaltou aos companheiros russo que no Brasil o movimento sindical tem trabalhado de forma unitária na luta para avançar nas conquistas. “A unidade de ação das centrais sindicais têm sido importante para fortalecer a luta por mais direitos para os trabalhadores”.
Mikhail Shmakov dirigentes da Federação Russa, contou aos sindicalistas que hoje a entidade tem cerca de 50 organizações sindicais divididas por setores em todo território Russo e representa cerca de 22 milhões de trabalhadores.
Mikhail citou como exemplo a categoria dos professores que é representada por apenas 1 sindicato (que é filiado a Federação) e todo o País. “Os sindicatos formam unidades regionais o que facilita a negociação com os empregadores”, explica.
O movimento sindical, relatou Mikhail, participa de negociações tripartite (que envolvem governo, trabalhadores e empregadores) e entre na pauta de discussões questões sociais e trabalhistas. “Itens como, reajuste salarial, segurança no trabalho e meio ambiente, são temas constantes na pauta de negociações”.
O sindicalista afirmou que atualmente o país tem em média 5% de desemprego, o que varia de setor para setor. “Uma das maiores dificuldades que enfrentamos para combater o desemprego é imigração ilegal que precariza e desvaloriza a mão de obra local”.
Questionado pelos dirigentes sindicais brasileiros sobre a atuação dos jovens e das mulheres no movimento sindical, o sindicalista afirmou que cerca de 35% dos trabalhadores sindicalizados tem menos de 30 anos e que as mulheres têm representatividade nos vários setores representados pela federação, mas precisam ocupar mais espaços. “Nossos jovens e mulheres têm participado das decisões e ações relacionadas ao movimento sindical e lutam cada dia mais por mais representatividade”.