O governo brasileiro anunciou, em junho, um pacote de medidas visando fortalecer a indústria nacional e estimular o crescimento econômico. Essas medidas foram tomadas em resposta a uma lista de pedidos apresentada pelo Fórum Nacional da Indústria, realizado em maio. Esse pacote, na verdade, é uma reedição de medidas anteriores, com algumas alterações.
Até aí tudo bem, uma vez que tudo que venha para melhorar é sempre muito bem-vindo. O problema é que posturas específicas, fundamentais para o aquecimento da economia, como a redução da taxa de juros, em vez de mantê-la em patamares elevados – o que estrangula a produção, intimida o consumo e emperra a geração de postos de trabalho –, e um PIB cada vez mais baixo, acabam por transformar esse fortalecimento em um verdadeiro sucateamento de empresas e empregos – a chamada desindustrialização.
Para fortalecer a indústria brasileira, faz-se necessária a implantação de políticas econômicas efetivamente voltadas a esse objetivo. É preciso planejamento, investimentos e incentivos que melhorem nosso parque industrial e a competitividade dos produtos nacionais e estrangeiros, além de controlar a rotatividade da mão de obra, entre outras demandas. Esta é a visão da Força Sindical.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes