Fotos Paulo Segura |
Presidente Miguel Torres |
O Sindicato, por meio do Departamento de Segurança e Saúde (DSST), e o Sintesp (Sindicato dos Técnicos de Segurança) realizaram no dia 28 de junho o 8º Fórum Técnico de Debates.
O evento, realizado no auditório do Palácio do Trabalhador, reuniu cerca de 250 pessoas, entre cipeiros, técnicos do trabalho e estudantes da área, que futuramente vão trabalhar em uma metalúrgica, e tratou, entre outros assuntos, da política do PLANSAT (Plano Nacional de Segurança e Saúde do Trabalho), com abordagem do papel do movimento sindical na questão da segurança nos ambientes de trabalho.
A palestra foi dada pelo técnico de segurança Armando Henrique, diretor do Sintesp e presidente da Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho (Fenatest).
Diretor Luisinho, coordenador do DSST |
O Fórum foi aberto pelo diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Luís Carlos de Oliveira, o Luisinho, coordenador do Departamento de Segurança e Saúde do Sindicato e um dos representantes da Força Sindical nas questões de segurança, que ressaltou a importância de técnicos, sindicatos e trabalhadores estarem trabalhando juntos pela melhoria das condições e dos ambientes de trabalho e na prevenção aos acidentes e doenças do trabalho.
O presidente do Sindicato, Miguel Torres, ressaltou a importância que os técnicos têm para os trabalhadores, que muitas vezes são discriminados pelos próprios trabalhadores e pelas chefias. “O serviço, quando é bem feito, muitas vezes não aparece e a empresa acha que não precisa do técnico. Vamos todos participar dessas ações para avançarmos na questão da saúde e segurança. Somos todos trabalhadores trabalhando pela mesma causa”, disse.
Diretora financeira Elza |
A diretora financeira do Sindicato, Elza Costa Pereira, destacou a importância do “amor pela vida” e disse que os técnicos e cipeiros são o coração de cada empresa. “Com a sua experiência e trabalho no dia a dia, podemos fazer um trabalho com resultado melhor pra todo mundo e conscientizar o empregador da importância de ter um ambiente de trabalho saudável”, disse.
O presidente do Sintesp, Marcos Ribeiro, defendeu a criação de um conselho de classe e conclamou todos a buscar qualificação e conhecimento, “porque só assim vamos salvar vidas e acabar com as mutilações”.
João Scabole, diretor de segurança e saúde |
Triste realidade- Um dos participantes do fórum, João Scabole, diretor de saúde e segurança da Federação dos Químicos do Estado de São Paulo, disse que “este é um momento de reflexão, histórico, que todos têm um compromisso com a saúde da classe trabalhadora, que ainda há muito o que ser feito” e deu números dos acidentes:
Em 2011, o Estado gastou, R$ 64 bilhões, aproximadamente, com tratamento de doenças e acidentes de trabalho e aposentadorias por invalidez.
Nos últimos dez anos, foram registrados 2,2 milhões de acidentes de trabalho, 8,1 mil mortes no trabalho e 41,8 mil trabalhadores foram afastados do trabalho por acidentes e doenças profissionais. “Precisamos ver as causas dessa situação e exigir soluções de maneira que todos ganhem, trabalhadores, empresários e governo, e cobrar a responsabilidade social dos responsáveis”, disse.
Organização no local de trabalho
Juruna, secretário-geral da Força Sindical |
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, falou da participação da Força Sindical e dos trabalhadores nos debates da Rio+20 e Eco92 e fez uma relação com a questão de segurança.
“Nós somos a ponta das decisões e, na realidade, a responsabilidade no local de trabalho acaba sendo nossa. Esse debate fortalece a visão das coisas. As condições de trabalho seriam melhores se tivéssemos organização no local de trabalho. O mais importante é termos organização e dizermos NÃO aos acidentes, NÃO às condições precárias, porque passamos a maior parte das nossas vidas no trabalho”.
Diálogo
Laércio Fernandes, diretor do Sintesp e do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, disse que por meio da organização, o movimento sindical conquistou um espaço para o diálogo tripartite sobre a questão da segurança no trabalho.
Segundo ele, a parte que deve provocar mais a legislação sobre segurança no trabalho são os representantes dos trabalhadores, e os sindicatos só conseguem fazer isso com a participação da sua categoria. “Todos podem contribuir associando-se ao seu sindicato, participando, criticando e encaminhando as soluções.”
Trabalho como meio de vida
A diretora do Sindicato, Leninha, disse que existe um abismo entre a luta que sindicatos e trabalhadores fazem para construir uma lei e o que se pode fazer no local de trabalho. “O capital é rápido, quer produzir cada vez mais e gerar lucro. Existe a ganância e existe a busca de todos nós de procurar fazer entender que o mais importante é a vida do trabalhador e da sua família, que ele defende. Temos que pensar o trabalho como meio de vida e não de morte.”
Projeção do filme
Antes da abertura, os presentes assistiram o filme Máquina Risco Zero Nossa Meta!, que fala sobre os riscos de acidentes em máquinas e prensas e aponta soluções para a proteção desses equipamentos. O filme foi produzido pelo Sindicato dos Metalúrgicos em 1998 e ganhou o 4º Festival Internacional de Cinema e Vídeo, em abril de 1999.
O filme, segundo o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Nelson Cardim, o Xepa, defendia “não botar a mão na boca do leão pra não perder os dedos”. “Vocês, cipeiros, técnicos, grupos interessados, são o braço do sindicato nas fábricas e a mão do sindicato nessa luta”, disse.
Outros participantes
Participaram também do evento: Jorge Carlos de Morais, o Arakém, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo; Rogério dos Santos, técnico em segurança da Força Sindical e diretor do Sintesp; Laércio Fernandes, diretor do Sintesp e do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de SP; Adonai Ribeiro, técnico do DSST, diretores do Sindicato Campos, José Silva, Edson, Jefferson e assessores do Sindicato.
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