Sindicalistas ligados à Força Sindical lançaram na manhã desta terça-feira (31), em Catalão-GO, a Frente Sindical contra as Reformas Trabalhista e Previdenciária. A iniciativa prevê ampla divulgação dos projetos nas bases e na comunidade e também pressão no Congresso Nacional. As reformas propostas pelo Governo Federal ameaçam os direitos conquistados pela classe trabalhadora e precarizam ainda mais a relação capital/trabalho.
A Frente Sindical é uma iniciativa da Federação dos Metalúrgicos de Goiás (FEM-GO). O objetivo é expandir o proposta para todo o Estado e fortalecer o movimento com a participação de sindicatos de diversas categorias. No sudeste de Goiás, já fazem parte do movimento o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT), Sindicato dos Comerciários de Catalão (SindCom), Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Catalão (SindTransporte), Sindicato Metabase e Sindicato dos Motoristas Cegonheiros de Goiás (SMCEG). Na próxima quinta (02), a diretoria da FEM-GO se reunirá em Goiânia para articular a ampliação da Frente Sindical.
Os representantes sindicais planejaram ações no sentido de esclarecer a população sobre as ameaças constantes que os trabalhadores estão sofrendo e na tentativa de convencer o poder legislativo de que a classe trabalhadora não pode pagar sozinha os preços da crise. “Em decorrência do modelo econômico em que vivemos, os trabalhadores já são a parte mais fragilizada. São eles que constroem este País e na maioria das vezes não são retribuídos. Pelo contrário, sempre são penalizados com medidas duras e injustas”, lembra o presidente da FEM-GO e do SIMECAT, Carlos Albino.
Na programação das ações da Frente Sindical Contra as Reformas estão panfletagem no município, mobilização em porta de fábrica, aula pública para a comunidade, visita aos deputados goianos e publicação de vídeos em redes sociais. Os trabalhadores também serão orientados a enviar e-mails para a bancada goiana na Câmara cobrando uma postura em defesa da classe trabalhadora. “Se ignorarem a causa dos trabalhadores, eles também serão ignorados por nós”, afirma Albino.
As reformas trabalhista e previdenciária, se aprovadas como se encontram, representarão mais retrocessos sociais do que avanços. Os efeitos para a sociedade serão nefastos. A reforma trabalhista é o Projeto de Lei – PL 6.787/16. Ele foi apresentado em 23 de dezembro de 2016 e agora tramita na Câmara dos Deputados. A finalidade do projeto é retirar direitos dos trabalhadores para baratear o custo da mão de obra no Brasil.
Já a reforma da previdência é a Proposta de Emenda à Constituição – PEC 287/16 e vai impedir que a maioria do povo brasileiro consiga se aposentar. A proposta do governo fixa idade mínima de 65 anos para requerer aposentadoria e eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos. Para assegurar o recebimento do valor integral, o trabalhador terá que contribuir por 49 anos. Portanto, as mudanças podem ser consideradas desumanas.
Por Juliana Barbosa – Assessoria de Imprensa SIMECAT