GM vai contratar 1.500 em São Caetano

matéria de 18 de março de 2011

Montadora amplia a capacidade de produção na unidade, que fabricará quatro novos carros da marca

CLAUDIA ROLLI

DE SÃO PAULO

A GM (General Motors) vai contratar 1.500 funcionários para trabalhar em um terceiro turno e, com isso, ampliar em 25% a capacidade de produção da fábrica de São Caetano do Sul, no ABC paulista.
Com o terceiro turno, a produção passará de 200 mil para 250 mil neste ano. Até o final de 2012, deve chegar a 280 mil por ano.
Nessa unidade serão fabricados quatro novo modelos, que devem ser lançados nos próximos 12 meses.

Sem fornecer detalhes dos novos produtos, a empresa somente informa que tem planos para colocar no mercado nove veículos em um prazo de 18 meses.
A maior parte das contratações anunciadas ontem será feita por tempo determinado e deve ser encerrada até maio. A montadora pode ainda readmitir parte dos trabalhadores dispensados em razão da crise econômica mundial de 2008, quando fechou o terceiro turno na unidade de São Caetano.

“O Brasil é o terceiro mercado para a General Motors. Esse anúncio mostra como nós vemos o Brasil, como um país com um grande futuro. Os investimentos em São Caetano fazem parte de um pacote de R$ 5 bilhões anunciados para o período [de 2008 a 2012]. É o nosso jeito de dizer obrigado ao país”, disse Dan Akerson, presidente mundial da GM.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que a GM utilizará R$ 280 milhões em créditos de ICMS nos investimentos que pretende fazer no Brasil.
“O programa Pró-Veículo permite que todas as montadores usem créditos de ICMS para novos investimentos no Estado de São Paulo. Várias já nos procuraram. Cada emprego industrial em uma montadora gera outros sete indiretos”, disse Alckmin.

Durante o evento de ontem no Palácio dos Bandeirantes para anunciar as novas contratações, Akerson reafirmou que Jaime Ardila, presidente da GM América do Sul, comandará também a unidade de São Caetano.
A norte-americana Denise Johnson deixou o cargo há cerca de um mês, segundo a empresa, por motivos pessoais. “A ideia é eu ficar temporariamente. No futuro próximo, teremos outro presidente”, disse Ardila.