Governo brasileiro e OIT realizam Fórum Nacional sobre Trabalho Decente para a Juventude

A precarização do emprego dos jovens é maior que o da população em geral, no Brasil e no mundo. O alerta foi feito pela secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, na abertura do Fórum Nacional Trabalho Decente para os Jovens, que discute a inserção desse segmento no mercado de trabalho em condições dignas.

O encontro está sendo realizado nos dias 3 e 4 de maio, em Brasília, pela Secretaria Nacional de Juventude, vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República, em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

“Nosso grande desafio é garantir o olhar sobre a juventude, aproveitar os espaços de discussão e dar conta do desafio maior, que é criar condições em transformar essa agenda em planos, em ações concretas, em políticas públicas, que ajude a reverter esses índices e a  proporcionar um desenvolvimento integral e uma vida plena para a juventude”, disse a secretária Severine Macedo.

A questão de trabalho decente de jovens é um dos temas centrais da Organização Internacional do Trabalho. Conforme destacou a diretora do Escritório da OIT no Brasil, Laís Abramo, “a discussão que está acontecendo integra um conjunto de iniciativas internacionais”. O objetivo é chamar a atenção para os déficits de trabalho decente enfrentados pelos jovens e buscar soluções efetivas para o problema. Ainda de acordo com a diretora, “o Brasil tem avançado muito na redução da pobreza e isso tem reflexos na redução do desemprego. Contudo, o desemprego dos jovens é muito maior do que no caso dos adultos. Apesar de essa situação ser favorável, ela não é suficiente para a juventude”.

Participam do fórum representantes do governo, de empregadores e trabalhadores, além de organizações juvenis.

O que é trabalho decente
É considerado decente, de acordo com a OIT, todo o trabalho produtivo e adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade de organização sindical e negociação coletiva, sem qualquer forma de discriminação e capaz de assegurar uma vida digna.

No Brasil, os jovens de 15 a 29 anos representam 28,8% da população, com mais de 53 milhões de brasileiros e brasileiras nessa faixa etária. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego, nos três primeiros meses deste ano, houve mais de 750 mil admissões no primeiro emprego.

Fonte: Portal Planalto