Governo exige juros menores nos bancos

Folha de S.Paulo

Antes de analisar as propostas dos bancos privados para a redução dos custos de empréstimos, o governo Dilma espera que o setor primeiro faça sua parte e reduza as taxas de juros de suas operações de crédito.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considera que os bancos têm espaço para cortar o “spread” (diferença entre a taxa de captação de recursos pelos bancos e o cobrado nos empréstimos aos consumidores) sem que o governo tome novas medidas na área.

Em conversa com assessores, o ministro rebateu as afirmações de Murilo Portugal, presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), e disse que a “bola não está com o governo, mas sim com os bancos privados”.

Clientes ameaçam

Em busca de juros menores para pagar suas dívidas, clientes de bancos do setor privado ameaçam abrir conta nas duas instituições que já anunciaram redução de taxas desde a semana passada: a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.

A constatação foi feita em agências dos dois bancos do setor público situadas na região central de São Paulo e da avenida Paulista.

Clientes do Santander, do Itaú e do Bradesco buscavam informações sobre juros cobrados, principalmente para o cheque especial, o rotativo do cartão de crédito e o financiamento de veículo ontem.