Greve de terceirizados na Usiminas em Cubatão entra no 22º dia

Assessoria de imprensa do Sintracomos

Usiminas greve
Foto Vespasiano Rocha

Entrou no 22º dia, nesta quarta-feira (9), a greve dos 3 mil operários terceirizados de montagem e manutenção na Usiminas Cubatão, que aguarda marcação de julgamento pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP).
A próxima assembleia está marcada para as 7 horas desta quinta-feira (10), no mesmo local. A greve é conduzida pelo sindicato dos trabalhadores na construção civil (Sintracomos).
Seu presidente, Macaé Marcos Braz de Oliveira, diz que se as empresas oferecerem 10% nos salários, R$ 200 no tíquete alimentação, participação nos lucros ou resultados (plr) de R$ 1.100 e pagamento dos dias paralisados, a categoria encerra a greve.
No começo da paralisação, os trabalhadores rejeitaram reajuste salarial de 8%, mas aceitaram a ‘plr’ de R$ 1.100 e vale-alimentação de R$ 200. Antes, as empreiteiras ofereciam 7,04% nos salários, nada de ‘PLR’ e vale de R$ 180.

Apoio dos metalúrgicos
O Sindicato vem dando apoio à greve. Diretores e assessores participam do movimento desde o primeiro dia da greve, ao lado do presidente, Macaé, e sua diretoria.
Emprego

‘Parada’ na RPBC traz problema para Cubatão
O Sintracomos enfrentará grande problema, até dezembro, na montagem e manutenção de equipamentos na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC Petrobrás).
Trata-se da utilização de mão-de-obra de outras regiões paulistas e estados brasileiros, o que acaba gerando protestos por parte de trabalhadores residentes na baixada santista.
A cidade foi marcada por várias manifestações dessa natureza, nos últimos meses, inclusive com bloqueio da rodovia Domênico Rangoni e consequente reação da polícia militar.
“O nosso sindicato não se envolve nessas atividades paralelas, mas reconhece que seus militantes têm lá suas razões, pois é grande o número de desempregados na baixada”, diz o presidente Macaé Marcos Braz.
O sindicalista tem uma explicação para as empreiteiras preferirem operários de outras regiões e estados. Segundo ele, as empresas querem se livrar de possíveis ações trabalhistas.
Ele explica que, no caso de sentir-se lesado pelo patrão, o empregado tem que recorrer à justiça do trabalho da cidade onde se deu a prestação do serviço. No caso, Cubatão.
“Assim”, elucida Macaé, “o companheiro, de volta à sua cidade de origem, terá que vir a Cubatão para protocolar a reclamação trabalhista. Como a maioria desiste, as empresas acabam se beneficiando”.
A refinaria está, desde agosto, se organizando para a ‘parada’ de outubro a novembro, quando os equipamentos são desligados total ou parcialmente para consertos e manutenção.
Por enquanto, estão envolvidos na ‘pré-parada’, cerca de 500 trabalhadores, mas o sindicato estima que, na ‘parada’, serão utilizados aproximadamente 3 mil.
As principais empreiteiras envolvidas na operação são a Estrutural, G&E, Ideal, MCE e Walb. O sindicato reclama que os testes para admissão são bastante rigorosos e difíceis.

Diretores e assessores do Sindicato na greve

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