The New York Times
NOVA YORK
Em 2006, o Greenpeace fez sua primeira tentativa de classificar as credenciais “verdes” de 14 fabricantes de produtos eletrônicos de consumo. Em resumo, as avaliações variaram da eliminação de alguns produtos químicos perigosos e uma disposição de assumir a responsabilidade por produtos durante todo seu ciclo de vida mediante programas de recolhimento, reciclagem e outros esforços.
Naquela avaliação inicial, a Nokia, fabricante finlandesa de celulares, e a Dell, a fabricante de computadores baseada no Texas, se saíram bem. A Lenovo, fabricante chinesa de hardware de computadores, ficou em último lugar.
Nenhuma companhia gostou de entrar na lista, e esta foi, segundo muitos aspectos, uma montagem tosca. “Não está absolutamente claro para nós no que o Greenpeace baseou o seu relatório”, disse um representante da Associação da Indústria Eletrônica a um repórter de Inside Green Business, uma publicação hoje extinta, pouco depois do anúncio da tabela.
Na semana passada, com o pano de fundo da Feira Internacional de Eletrônicos de Consumo em Las Vegas – a principal do setor – o Greenpeace anunciou a 14ª edição de seu “Guia para uma Eletrônica Mais Verde”. Desta vez, a Nokia ainda mantém a posição mais alta, enquanto a Nintendo, fabricante japonesa de consoles de jogos, ocupa a última.
O guia do Greenpeace não é certamente o único jogo na cidade. Mas digam o que disserem de seus métodos e precisão, está fora de dúvida que o guia se tornou um instrumento influente no cenário dos eletrônicos de consumo, principalmente no que diz respeito ao uso de substâncias tóxicas nos produtos. Na Europa, por exemplo, os dirigentes estudam uma ampliação da lista de químicos proibidos – e o apoio público para fazê-lo tornou-se um critério para julgar companhias no guia de eletrônicos verdes do Greenpeace.