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Inadimplência de empregadores com FGTS cresce 25% no primeiro trimestre

Fonte: Folha de S.Paulo

Há 2,4 milhões de empregadores que devem ao fundo

Maria Cristina Frias

Os valores de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) não depositados tiveram alta de 25% no primeiro trimestre de 2018, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Ministério do Trabalho.

O montante devido em 2018 chegou a R$ 1,08 bilhão, contra R$ 0,86 bilhão dos três primeiros meses de 2017. Há 2,4 milhões de empregadores que devem ao fundo.

A fiscalização mais intensa — o número de autos lavrados subiu 25% entre 2016 e 2017— influenciou esse crescimento.

A principal dificuldade enfrentada pelas grandes empresas é a definição da composição do salário (base de cálculo da contribuição), segundo Rodrigo Campos, sócio do escritório Demarest.

“Há discussões sobre valores pagos a título de participação nos resultados, diárias de viagens, entre outras. As empresas entendem que não se trata de salário, e, sim, de verbas indenizatórias”, diz o advogado.

Os empregadores inadimplentes estão sujeitos ao pagamento de multa e juros sobre o valor devido, além de processos administrativos, eventuais ações judiciais e perda de benefícios fiscais.

A única mudança introduzida pela reforma trabalhista aprovada no ano passado em relação ao FGTS foi a inclusão de uma nova hipótese de saque pelo empregado, afirma Mihoko Kimura, sócia do Tozzini Freire.

“Nos casos em que o contrato de trabalho é rescindido por mútuo acordo, o trabalhador pode sacar 80% do valor depositado.”

2,46 bi 
é o número estimado de empregadores que devem FGTS

56.278 
é o número de autos de infração lavrados em 2017

Venda de bens de consumo doméstico se mantém estável

O faturamento com a venda de artigos de grande consumo doméstico no Brasil cresceu 0,2% no acumulado até o terceiro trimestre de 2017, na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo a Nielsen.

As marcas próprias das redes varejistas e os produtos que se intitulam como premium foram os que tiveram maior crescimento, de 3,3% e 2,6%, respectivamente.

“O consumidor economizou com as marcas próprias [de redes varejistas] para manter a compra de produtos mais caros. Por isso o preço intermediário foi afetado”, diz Daniel Asp, analista da Nielsen.

No caso da cerveja, por exemplo, o consumidor se acostumou com o sabor, e a diferença de preços não é grande, explica Paulo Petroni, diretor-executivo da CervBrasil.

Já a alta nas vendas das marcas próprias dos supermercados seguem o comportamento de outros países, diz o diretor do Grupo GPA, Wilhelm Kauth. “É tendência internacional. Não é só a crise.”

Investir para tropicalizar

A Unisys, multinacional de tecnologia da informação, pretende aumentar suas receitas no Brasil em 16% neste ano, diz o diretor-executivo global, Peter Altabef. O país representa cerca de 8% do faturamento.

A empresa vende soluções tanto para órgãos governamentais, como a Prodesp (empresa de processamento de dados de São Paulo), como para os setores de saúde e finanças.

Nesse último deve haver investimentos, diz Altabef.

Ela trabalha no desenvolvimento de um sistema para integrar diferentes plataformas —se um cliente de banco começa uma operação em um smartphone, mas a interrompe, pode retomar do caixa eletrônico.

“Para usarmos soluções criadas em outros países e adaptá-las ao Brasil sempre precisamos investir.”

US$ 2,74 bilhões
ou R$ 9,3 bilhões, foi a receita global da marca em 2017

Setor inseguro

Caiu pelo terceiro ano consecutivo o número de vagas no segmento de segurança privada no Brasil, segundo informações da Fenavist  (Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores).

O número de postos de trabalho fechados foi 17.386 em 2017. No saldo dos últimos três anos, foram 75,2 mil.

“O grande impacto veio da crise econômica, que gerou o fechamento de muitas empresas do setor”, diz Jeferson Nazário, presidente da entidade.

Além da recessão, a substituição da mão de obra de seguranças e vigilantes por aparelhos eletrônicos também foi responsável pelo corte de vagas no segmento.

“Os clientes utilizam cada vez mais circuito fechado de TV e alarme monitorado.”

Apesar da queda sequencial, a esperança é que 2018 traga estabilidade ao setor, segundo o executivo.
“Não deve ser uma recuperação rápida, mas nós devemos sair do negativo.”

Beleza… A Aloha, empresa de venda direta de cosméticos e alimentos, vai investir R$ 10 milhões em 2018 na implantação de um novo sistema e no lançamento de produtos. Parte do recurso será usada no treinamento de consultores.

…na mesa A marca, que pertence ao investidor Carlos Wizard, planeja aumentar o número de seus representantes dos atuais 10 mil para cerca de 30 mil ainda neste ano, segundo o diretor-executivo, Maurício Gregório.

Mexe… A fabricante de mobiliário corporativo Marelli vai aportar R$ 10 milhões nas obras de ampliação da sua fábrica em Caxias do Sul (SP) e em equipamentos. A área construída da planta passará de 20 mil m² a 24 mil m².

…a cadeira A empresa estima crescimento de produção com o lançamento de cadeiras desenvolvidas pela marca alemã Wilkhahn, de maior valor agregado. A companhia prevê alta de 38% em faturamento neste ano.

Move Cerca de metade (55,4%) dos jovens de até 24 anos não tem carteira de habilitação, diz a Alelo, empresa de programa de fidelidade do Bradesco e do Banco do Brasil. Ela quer entrar no mercado de pagamentos para transporte.

Longo prazo A distribuidora de energia Energisa vai investir R$ 13 milhões em digitalização do atendimento ao consumidor nos próximos cinco anos. A funcionalidade já recebeu aportes de R$ 5 milhões da companhia.