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Indústria fecha 9.406 vagas em 12 meses

O setor automobilístico nacional voltou a apresentar redução no nível de emprego em novembro. Foram fechadas cerca de 500 vagas no mês passado e, na comparação com novembro de 2013, as montadoras, que contam com 127,4 mil trabalhadores, estão com 9.406 postos de trabalho a menos, retração de 7,9% em 12 meses. É o pior nível desde maio de 2012, quando as fabricantes assumiram o compromisso com o governo federal de manutenção de emprego em contrapartida à redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

O presidente da Anfavea, Luiz Moan, cita que o compromisso não inclui a possibilidade de saída do trabalhador por meio de PDVs (Programas de Demissão Voluntária), por pedidos de demissão dos funcionários, pelo fim de contratos temporários, por acordo com sindicatos e por aposentadorias.

Moan destaca ainda que as montadoras seguem com nível inadequado de estoques e, por isso, continuam atuando em duas frentes: promoções para tentar ampliar as vendas e, ao mesmo tempo, medidas de ajuste na produção, como lay-off, licença remunerada, abertura de PDVs e férias coletivas.

Os pátios seguem cheios, apesar da queda significativa de 9,7% na produção mensal do setor. As empresas do setor fabricaram 264,8 mil unidades em novembro, cerca de 30 mil a menos que no mês anterior. Mesmo com o ritmo menor de atividade, o número de carros parados nas empresas do segmento cresceu. Em outubro, as 413,4 mil unidades em estoque correspondiam a 40 dias (tempo necessário para a comercialização desse volume pelo ritmo do mercado). Já em novembro, foram 414,3 mil, que representavam 42 dias.

Incertezas em relação ao crédito do BNDES afeta área de caminhões

Para os fabricantes de caminhões e ônibus, as incertezas em relação às propostas do programa PSI-Finame do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para 2015 são obstáculo para o planejamento de vendas do ano que vem. Essa linha de crédito oferece condições especiais para a compra desses veículos, atualmente, com juros anuais de 6%, ou seja, abaixo da inflação, que, de acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), no ano até outubro está em 6,59%.

A expectativa é que a taxa subirá, mas a preocupação é de que haja definição rápida dos novos juros e também de prazos financiáveis, por exemplo, para que não ocorra como foi em 2014, em que não foi possível fechar contratos de Finame em janeiro, porque a operacionalização das regras deste ano só ocorreu dia 24 daquele mês.

RENOVAÇÃO – O vice-presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Carlos Gomes de Moraes, considera que deve sair do papel, finalmente, ainda neste mês, o programa de Renovação da Frota de Veículos, que está sendo discutido com o governo federal pela associação, junto com outras entidades ligadas ao setor.

A ideia é oferecer estímulo (crédito tributário) ao dono de caminhão com mais de 30 anos, para que ele troque de veículo por outro mais novo. Moraes destaca que o projeto, além da venda, envolve a reciclagem veicular, com a destinação dos caminhões velhos como sucata, e tem como alvo também a redução de acidentes nas estradas e a retirada de veículos altamente poluentes de circulação.