Valor Econômico
por Agências internacionais
Um conjunto de indicadores antecedentes divulgados ontem mostra que a indústria está perdendo fôlego na China, nos Estados Unidos e na zona do euro.
O índice de gerentes de compras (PMI) da região da moeda comum ficou em 50,1 pontos em novembro – pouco acima da marca de 50 pontos, que representa o limite entre contração e expansão da atividade. Em outubro, o indicador havia mostrado 50,6 pontos.
A queda reflete o mau desempenho da indústria na Alemanha, maior economia do bloco. O PMI do setor manufatureiro alemão recuou de 51,4 pontos para 49,5 pontos em novembro, indicando que o setor está em contração.
A fraqueza ocorre no momento em que a região apresenta a menor inflação em cinco anos, aumentando pressões para medidas de estímulo por parte do Banco Central Europeu (BCE). “A situação da indústria na zona do euro é pior do que se imaginava”, disse Chris Williamson, economista-chefe do instituto de pesquisas Markit.
Na China, o PMI industrial medido pelo governo caiu de 50,8 pontos em outubro para 50,3 pontos no mês passado – o mais baixo número em oito meses. Já o indicador medido pelo banco HSBC caiu de 50,4 pontos para 50 pontos, indicando estagnação.
O HSBC vê uma expansão mais lenta da demanda doméstica, enquanto as encomendas para exportação caíram ao pior nível em cinco meses. Há ainda “fortes pressões deflacionárias” e um mercado de trabalho “enfraquecido”.
Nos EUA, o PMI do setor industrial caiu para 54,8 pontos em novembro, segundo a Markit. Em outubro, o índice chegou a 55,9 pontos. Embora tenha havido uma desaceleração em novembro, o PMI segue acima da marca de 50 pontos, o que indica expansão da atividade.
Os dados de novembro sinalizam que a produção manufatureira cresceu moderadamente pelo terceiro mês seguido. Empresários citaram na pesquisa da Markit que os avanços de novos negócios foram mais lentos no mês, especialmente as exportações.