Intercâmbio reforça ações conjuntas entre Brasil e EUA

Fotos Paulo Segura

O presidente do Sindicato e vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, recebeu na tarde de segunda-feira (3), uma delegação de sindicalistas do USW, com objetivo de fortalecer o intercâmbio entre os metalúrgicos dos Estados Unidos e do Brasil e a Força Sindical, e aprofundar as relações entre as entidades metalúrgicas dos dois países.

A delegação era integrada por Leo Gerard, presidente do USW (sindicato dos metalúrgicos dos Estados Unidos); Ben Davis, da AFL-CIO; Carolyn Kazdin, responsável pelas campanhas estratégicas da USW; Jana Silverman, diretora de Programas do Solidariedade da AFL-CIO no Brasil.

O encontro reforçou a importância da solidariedade e de ações conjuntas na defesa dos trabalhadores das empresas metalúrgicas com problemas e o movimento sindical dos dois países. Um exemplo de solidariedade lembrado foi em relação ao caso da Nissan, do Mississipi, que proíbe os trabalhadores de organizarem uma unidade do USW na empresa, e da ThyssenKrupp, por violação de direitos dos trabalhadores e práticas antissindicais.

“Nós propusemos realizar intercâmbio com dirigentes do Brasil e dos Estados Unidos para aprofundar o conhecimento da legislação dos dois países e pensar as ações”, disse Miguel Torres.

Nos Estados Unidos, os setores de mineração, papel e celulose são organizados por ramo de atividade e conselhos representativos, e têm propósito de avançar na organização da Vale do Rio Doce, no Canadá e Estados Unidos.

Miguel Torres lembrou que a Força Sindical e os metalúrgicos já desenvolveram várias ações de solidariedade no ano 2010. “Acionamos por carta e por contato direto a direção da Vale do Rio Doce, no Canadá, para solucionar uma greve que se arrastava por anos, e atuamos conjuntamente em defesa dos metalúrgicos da Gerdau, em Guarulhos”, ressaltou.

Leo Gerard também propôs que o intercâmbio e as ações tenham uma proposta global de enfrentamento à crise financeira internacional. “Os trabalhadores precisam ter alternativas para enfrentar estas situações, sobretudo em função do desemprego”, afirmou.

Miguel Torres manifestou a preocupação com o declínio do diálogo social no Brasil diante das turbulências enfrentadas pelos trabalhadores na Europa e de propostas de austeridade que vêm prevalecendo naquele continente.

Os sindicatos vão fazer um mapeamento das empresas metalúrgicos onde o USW tem base nos Estados Unidos e no Brasil, para fortalecer as ações solidárias conjuntas.

O encontro teve a colaboração de Ortelio Palacio Cuesta, assessor para Assuntos Internacionais da Força Sindical.




Ortelio, Ben Davis, Leo Gerard, MIguel Torres, Carolyn e Jana