Pela terceira vez, as entidades do setor produtivo elevaram a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, passando de 5,5% para 6,5%, de acordo com o relatório mensal sobre o bimestre maio-junho do Sensor Econômico, divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com a pesquisa, a expectativa é que a taxa de inflação final, para o acumulado dos 12 meses, fique em 5,5%, avanço de 0,3 pontos-base face o mês anterior. No tocante à taxa de juros (Selic), a previsão – realizada no mês de maio – indica que no final do ano estará em 11,50%. Já as previsões para o câmbio, último dos indicadores-chave pesquisados, apontam que se manterá próximo de R$ 1,82 por dólar no final de 2010, ante os R$ 1,83 por dólar apontado no documento anterior.
Com relação aos indicadores reais, a taxa prevista para o crescimento do investimento na economia é de 15%, o que indica a aposta real dos empresários e do setor produtivo em aumentar a capacidade instalada do País em decorrência da crescente demanda interna e externa. No levantamento anterior, havia expectativa de aumento de 13%.
Para o número de empregos gerados no ano, as entidades acreditam na abertura de 1,550 milhão de novos postos de trabalho, avanço de 50 mil face os dados do bimestre março-abril.
No âmbito externo, as previsões das exportações feitas pelas entidades associativas do setor produtivo distribuem-se em torno de US$ 175 bilhões, alta de US$ 5 bilhões ante os dados de março-abril. Por outro lado, as importações registrariam ao longo dos 12 meses de 2010 valor próximo a US$ 160 bilhões.
O Sensor Econômico é divulgado bimestralmente e expressa perspectivas dos principais indicadores macroeconômicos para o ano, conforme previsões feitas por grupo seleto de entidades associativas do setor produtivo: associações, federações, e outras, de indústria, de comércio, de agropecuária, entidades representativas de trabalhadores e uns poucos institutos ou centros de estudos de caráter setorial.
(SV – Agência IN)