“Uma das principais lutas da Força Sindical é por redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário. Esta medida, segundo o Dieese, irá gerar 2 milhões de empregos, contribuindo, portanto, com a distribuição de renda e o desenvolvimento do País.
Além do benefício econômico, a redução da jornada tem também um amplo alcance social. A classe trabalhadora terá mais tempo para o convívio familiar, lazer, cultura, educação e cursos de requalificação profissional, fundamentais em um mercado de trabalho cada vez mais exigente.
A jornada menor contribuirá para diminuir os acidentes de trabalho e as doenças profissionais, cujos índices ainda são vergonhosos no Brasil. É, enfim, um passo a mais para o Trabalho Decente no País.
Há muito tempo lutamos pela redução constitucional da jornada de trabalho, cuja proposta (PEC 231/95) aguarda votação no Congresso Nacional. Vale lembrar que a última vez que ocorreu redução constitucional da jornada foi em 1988, de 48 para 44 horas semanais.
Enfim, com a redução da jornada de trabalho todos ganham.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
Opinião publicada na página 15 do Diário de S. Paulo,
edição desta sexta-feira, 22 de novembro de 2013