Milhares de trabalhadores participaram do ato contra o desemprego organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos), presidido pelo sindicalista Macaé Marcos Braz de Oliveira.
O protesto, realizado na manhã de segunda-feira, 22, começou com concentração dos trabalhadores a partir das 8 horas, na subsede do Sindicato em Cubatão. De lá, os manifestantes seguiram em passeata, até o escritório do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), na cidade.
Os sindicalistas foram recebidos pelo 1º vice diretor do Ciesp, Raul Elias Pinto, para reunião que também contou com a presença do secretário de Emprego de Cubatão, Carlos Alberto Benincasa. Na pauta do encontro, a situação dos mais de 10 mil trabalhadores desempregados na região.
Representando os trabalhadores, além do presidente e diretores do Sintracomos, estavam presentes o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), o diretor do Sindicato dos Mtalúrgicos de São Paulo Erlon Lorentz; Herbert Passos Filho (diretor regional da Força Sindical da baixada santista) e Araken (Secretário Geral do Sindicato dos Metalúrgicos de SP) e comissão de desempregados de Cubatão e região.
Juruna ressaltou a importância do debate entre trabalhadores, empresários e governo para conter o desemprego na região e recolocar os trabalhadores desempregados. “Queremos buscar soluções imediatas para amenizar os impactos da crise nos trabalhadores da região principalmente com a garantia de emprego.”
Macaé defende o emprego para a mão de obra da região não apenas nas chamadas ‘paradas’ de manutenção das indústrias, que duram de 35 a 40 dias, mas principalmente nos grandes contratos das empreiteiras, de um a dois anos.
A próxima reunião já está marcada e será no dia 30 de agosto na Associação Comercial de Cubatão.
Coleta de alimentos
O Sintracomos tem fornecido toda a estrutura necessária para organização e luta dos desempregados. A diretoria liberou o salão climatizado de assembleias, com mais de 200 cadeiras, água gelada, café e serviço burocrático para cadastramento de currículos.
Mais que isso, tem articulado reuniões com o Ciesp, prefeitura, posto de atendimento ao trabalhador (Pat) e autoridades. O Sintracomos tem ainda engrossado a luta dos desempregados, trazendo para a cidade a atenção de lideranças políticas, sindicais e comunitárias, engajando-as no movimento.
Macaé lamenta que “infelizmente, muitas famílias dos desempregados que lutam desesperadamente por vagas no polo industrial já passam por enormes dificuldades, principalmente falta de alimentos. Sem contar o dinheiro curto para saldar contas e mensalidades que se acumulam com o passar do tempo, a falta de comida na mesa está levando milhares de pessoas ao desespero”.
“Faltam também nas casas dessas pessoas outros produtos de primeira necessidade, principalmente de limpeza e higiene pessoal, tornando-as vulneráveis a doenças. Por isso, a comissão dos desempregados, a diretoria do Sintracomos, outros sindicatos, entidades diversas e até pessoas, individualmente, iniciaram a coleta da solidariedade”, diz o sindicalista.
com informações do Sintracomos