Justiça atende reivindicações dos trabalhadores de Suape


Miguel Torres, na foto em Suape, também
participou de negociações em Brasília

O Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco fixou em R$ 160 a cesta básica, e o pagamento de 100% das horas extras aos sábados para os cerca de 28 mil trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape, em Pernambuco, mas os dias parados devem ser negociados com o Consórcio Conest – formado pelas companhias Odebrecht e OAS.
Estes eram os dois pontos que emperravam o acordo. “A negociação ocorrerá ainda hoje, em Brasília”, informou Vilmar Santos, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores na Construção Pesada.

Segundo ele, os números são divergentes. Nas contas dos trabalhadores são 17 dias parados e, dos patrões, 24 dias. Nesta quarta (dia 30), às 7h, será realizada uma assembleia para definir os rumos do movimento.

A greve foi julgada ilegal, mas isso não surpreendeu. “A decisão judicial não põe fim nos conflitos porque não aborda o cotidiano dos trabalhadores que enfrentam más condições de trabalho”, declarou Santos.

A greve dos trabalhadores de Suape mobilizou dirigentes da Força Sindical, como Santos e Adalberto Galvão, presidente do Sintepav-BA, que acompanharam todo o movimento, além de Miguel Torres, vice-presidente da Força Sindical e João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral, que participaram das negociações.

A Força Sindical pediu apoio de todos sindicatos de Pernambuco para os trabalhadores de Suape, em nota enviada aos dirigentes sindicais pernambucanos.

Os diretores Valdir Pereira e Carlão, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, também acompanharam Miguel Torres na mobilização em apoio aos trabalhadores de Suape.

Por Assessoria de Imprensa do Sindicato
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