Líderes do movimento do Corpo de Bombeiros do Rio são presos

APÓS PROTESTO

DO RIO – O capitão Alexandre Marquesini e o cabo Benevenuto Daciolo, líderes do movimento que reivindica melhores condições de trabalho para os bombeiros do Rio, foram presos ontem sob alegação de desobediência e insubordinação.
Eles estavam acampados em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, na zona sul, e haviam anunciado o início de uma greve de fome com o objetivo de falar com o governador Sérgio Cabral.
Por telefone, Daciolo disse à Folha que eles haviam recebido permissão para ficar. “Estávamos do outro lado da rua, numa manifestação pacífica. O coronel Alcântara [sub-comandante dos Bombeiros] disse que não havia problema de duas pessoas permanecerem em frente ao Palácio. Todos os outros manifestantes foram embora e nós ficamos. Assim que a imprensa saiu, fomos presos de forma arbitrária.”
A Secretaria de Defesa Civil do Rio e o Corpo de Bombeiros informaram, em nota, que as prisões ocorreram em função da recusa dos bombeiros de se retirarem da porta do palácio, após diversas solicitações”.
Marquesini e Daciolo estão detidos no Grupamento Especial Prisional do Corpo de Bombeiros, em São Cristovão (centro), e vão aguardar o julgamento do Tribunal Militar.
Hoje será realizada uma assembleia em frente à Alerj para decidir os rumos do movimento. Os bombeiros protestam desde abril por um piso salarial de R$ 2.000, vale-transporte para todos e a incorporação das gratificações.