
Na terça-feira, 23 de setembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu oficialmente a Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova York, cumprindo a tradição. O Brasil, historicamente, é o primeiro país a discursar na tribuna do evento, que em 2025 chega à sua 80ª edição, reunindo líderes globais.
Durante sua fala, Lula tratou de pautas internas e externas, demonstrando preocupação com o papel do Brasil no cenário internacional e os impactos globais atuais.
Com firmeza, o presidente criticou as sanções impostas pelos Estados Unidos à economia e ao judiciário brasileiros, classificando-as como medidas injustas que afetam soberania nacional.
O pronunciamento de Lula ocorreu após novas sanções impostas pelos Estados Unidos. As medidas miraram cidadãos brasileiros ligados à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Judiciário.
As relações entre Brasil e Estados Unidos vivem um momento crítico. As tarifas e restrições ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, agravaram a tensão bilateral nos últimos meses.
Genocídio em Gaza
Além disso, Lula condenou de forma contundente o genocídio em Gaza, destacando a necessidade de soluções multilaterais e de maior atuação da comunidade internacional no conflito.
O presidente também destacou as mudanças climáticas como um dos principais desafios da humanidade, defendendo compromissos mais rígidos e ações concretas por parte dos países desenvolvidos.
Na mesma linha, Lula propôs avançar na regulação das big techs, afirmando que a concentração de poder digital ameaça a democracia, os direitos humanos e a soberania informacional.
Ele ressaltou a importância da democracia como valor essencial, enfatizando que governos devem proteger instituições, garantir liberdade de expressão e enfrentar ameaças autoritárias crescentes em várias partes do mundo.
Ataques a democracia
Lula afirmou que o Brasil resistiu a ataques inéditos contra sua democracia. Ele ressaltou que o país reconquistou a liberdade há 40 anos após duas décadas de ditadura.
O presidente condenou as medidas unilaterais e arbitrárias que, segundo ele, atingem instituições brasileiras. Ele classificou como inaceitável a ingerência estrangeira nos assuntos internos nacionais.
Lula também destacou que essa interferência conta com apoio da extrema-direita. Ele acusou setores subservientes de apoiarem antigas hegemonias e de atacarem a soberania brasileira deliberadamente.
Veja a íntegra do discurso do presidente Lula: