Assinado, em primeiro lugar, pelo ex-ministro e ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (PCdoB-SP), um manifesto que apela à união nacional foi lançado, quarta-feira (5), e começa a colher assinaturas em todo o país. Inspirador e formulador do documento, Rebelo tem sido apontado como o vice-presidente ideal em qualquer das chapas que venham a se formar em eleição indireta para presidente da República, inclusive a encabeçada por Rodrigo Maia (DEM-RJ), atualmente o mais provável a permanecer depois de assumir o cargo interinamente se ficar vago caso o presidente Michel Temer se afaste. No Valor Econômico
“O manifesto é suprapartidário, não ideológico, pode ser assinado por integrantes de qualquer partido, por nacionalistas, democratas, esquerda, centro, patriotas”, cita Aldo. Isso o diferencia de outros manifestos lançados recentemente na esteira da crise. O formulado pelo ex-ministro Luis Carlos Bresser Pereira, por exemplo, é restritivo: ainda fala em “volta, Dilma” e atribui ao impeachment o caráter de um golpe, ou seja, é a expressão do pensamento de um grupo ligado ao PT. A proposta de união nacional pretende dar as linhas de uma explicação para a crise e oferecer perspectivas para o futuro.
O manifesto político deve resultar na criação de um movimento pela união nacional, como é esperado. O projeto nacional que se pretende criar busca três objetivos: ampliar a soberania nacional com o pleno desenvolvimento econômico; elevar a qualidade de vida do povo com a redução das desigualdades; fortalecer a democracia e a tolerância na convivência entre os brasileiros.