O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes ameaça fazer paralisações em empresas da cidade a partir de 1º de novembro. A medida será adotada se caso as empresas não negociem as reivindicações propostas pelos sindicalistas. Segundo a entidade, até agora as negociações não avançaram.

O presidente do sindicato, Miguel Torres, afirmou que a partir da semana que vem a mobilização da entidade deve se intensificar para tentar pressionar os empresários. “Vamos antecipar as assembleias para tentar um avanço nas negociações”, disse. Entre as reivindicações está o aumento real de salário e melhores condições de trabalho. “Esse aumento seria baseado na inflação do período mais 2,5% de aumento real. Ainda não fechamos o valor da inflação, mas calculamos que o aumento total fique em torno de 9%. Mas estamos percebendo, até pela campanha feita no interior, que os grupos patronais não querem nos dar o aumento”.

O sindicato luta ainda pela jornada de trabalho de 40 horas. “Queremos o cumprimento dos itens básicos da convenção, licença maternidade de 180 dias, o fim das terceirizações e a inclusão digital. Além da estabilidade para os funcionários que se acidentaram no ambiente de trabalho”, pontuou Torres.

O presidente informou que mais reuniões serão feitas nos próximos dias. “Nas assembleias que tivemos nas portas das fábricas, além da reunião geral, as pessoas se mostraram bastante mobilizadas”.