Diretores e coordenadores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, que estão desde ontem em Brasília para protestar contra os juros altos (12,5% ao ano), entraram nesta quarta-feira, 31/08, na manifestação de estudantes por mais investimentos em educação.
“A reivindicação dos estudantes é de 10% do PIB para a Educação e coincide com a nossa pauta trabalhista. Com relação à taxa de juros, nossa expectativa é que o Comitê de Política Monetária do Banco Central tenha o bom senso de diminuí-la na reunião de hoje. Os juros altos prejudicam os investimentos produtivos e a geração de emprego e renda”, ressalta Miguel Torres, presidente do Sindicato.
A manifestação de hoje começou em frente ao Banco Central e segue em passeata, com mais de 20 mil participantes, até o Congresso Nacional. Ela faz parte de uma série de manifestações feitas pelos movimentos sindical e social em todo o País, desde julho, em defesa da “Agenda Unitária da Classe Trabalhadora”.
Além de corte de juros, a agenda inclui:
- Jornada de trabalho de 40 horas sem redução de salários.
- Fim do Fator Previdenciário.
- Nova legislação para a terceirização.
- Regulamentação da Convenção 151 da OIT, que garante a negociação coletiva para os servidores públicos.
- Ratificação da Convenção 158 da OIT, contra as demissões imotivadas.
- Mudança na política econômica do governo: com redução dos juros, desenvolvimento com valorização do trabalho, distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno.
- Reformas agrária e urbana.
- 10% do PIB para a Educação.
- Salário igual para trabalho igual e combate a todas as formas de discriminação e violência.
- Pela soberania nacional e autodeterminação dos povos.