Diário de S. Paulo
Presidentes e representantes das nove Federações de Metalúrgicos filiadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) reuniram-se, no dia 11, em São Paulo, e avaliaram o cenário metalúrgico no País – principalmente no que se refere ao desemprego –, e para planejar ações em defesa dos empregos e dos direitos da categoria.
Para Miguel Torres, presidente da CNTM e da Força Sindical, é preciso ampliar a luta do movimento sindical com ações regionais e locais, envolvendo lideranças políticas e empresariais pela industrialização e retomada do crescimento econômico. “Vivemos uma crise, e precisamos da mobilização da classe trabalhadora com as Centrais para evitar a recessão. É fundamental a participação dos metalúrgicos nesta luta”.
Os dirigentes são unânimes em criticar a falta de diálogo do governo com o movimento sindical e a sociedade, e confirmaram que farão campanha em suas bases contra as MPs 664 e 665, que dificultam o acesso dos trabalhadores a direitos.
Criticam, ainda, a alta dos juros, a desindustrialização, a alta rotatividade da mão de obra, as desigualdades regionais de salários, empresas que não respeitam a saúde e a segurança do trabalhador e a falta de investimentos no setor e na qualificação profissional. A Confederação representa 150 entidades e 1,2 milhão de metalúrgicos no País.