Os trabalhadores metalúrgicos da MI Comercial Ltda, na zona leste, estão em greve desde o dia 19 deste mês, porque a empresa não pagou a segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados), em março, no valor de R$ 300; o abono de dezembro, de 19%, referente ao dissídio coletivo da categoria; horas-extras e férias vencidas, além de atrasar constantemente o pagamento dos salários. Os salários deste mês saíram no último dia 15, e a empresa não tem previsão de quando vai pagar o adiantamento salarial, segundo o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo Sebastião Garcia.
Segundo o dirigente, a empresa diz que só negocia depois que o pessoal voltar ao trabalho. Em assembléia hoje de manhã, os trabalhadores decidiram manter a greve, pois alegam que esse estado de coisas já vem acontecendo há anos. “A empresa também tem 32 funcionários sem registro”, afirma Garcia.
A MI tem cerca de cem funcionários e a produção está toda parada. O Sindicato entrou hoje no Tribunal Regional do Trabalho com pedido de julgamento da greve. Haverá nova assembléia amanhã, às 7h na porta da empresa (rua Soldado Patrício, 225, Parque Novo Mundo).