Metalúrgicos entregam pauta de reivindicações aos patrões


Paulo Segura

Manifestação em frente ao prédio da Fiesp, na Avenida Paulista

Dirigentes dos 54 sindicatos de metalúrgicos filiados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e à Força Sindical fizeram, nesta segunda-feira, a entrega da pauta de reivindicações da Campanha Salarial à Fiesp e aos grupos patronais 19-3 (laminação de metais 3e outros), G2 (máquinas e eletroeletrônicos), Sindicato da Indústria de Estamparia de Metais e Sindicato da Indústria de Fundição. À tarde, a pauta foi entregue ao Grupo 3 (autopeças).

O documento, com mais de 150 itens, tem como prioridades cláusulas econômicas como aumento real de salário e dos pisos, redução da jornada de trabalho, e sociais, como licença-maternidade de 180 dias para as trabalhadoras dos 10 grupos patronais e creche.


Miguel Torres

A campanha tem como lema “Juntos na luta por aumento real e 40h”.

“Vamos tentar mostrar para o patronato a importância de garantir aumento salarial aos trabalhadores porque isso movimenta a economia”, afirmou o presidente do Sindicato, Miguel Torres.

O presidente da Força Sindical, Paulinho, disse que esta negociação é uma das maiores do Brasil. “São mais de 700 mil trabalhadores representados por 54 sindicatos e o Brasil fica esperando pelo resultado. Trazemos aqui a vontade de chegar a um bom termo”, afirmou.

Paulinho da Força disse aos representantes patronais que eles devem usar o argumento da crise financeira nas negociações, para não dar aumento real, mas reforçou que a melhor solução para o problema é a concessão de aumento salarial.

“Na crise que começou em 2008, negociamos com o governo federal uma política de reajustes para o salário mínimo e os sindicatos conquistaram aumentos salariais, e foi isso que segurou a economia até hoje. Os aumentos garantiram crescimento do Brasil, crescimento do emprego. Para o Brasil crescer precisa ter mais aumento de salário, porque quanto mais salário, mas o trabalhador compra, mais a indústria produz”, completou.

Claudio Magrão, presidente da Federação, disse que espera que as negociações resultem em bons salários para os trabalhadores. “Esperamos uma negociação rápida e que possamos progredir nos acordos”, disse.

A categoria reivindica aumento real de salário, valorização dos pisos, redução da jornada de trabalho. A data-base é 1º de novembro.

Paulo Segura

Diretores e assessores do Sindicato com Miguel Torres

Dirigentes na escada de entrada da Fiesp com a pauta

Bancada patronal (à esq.) recebeu a pauta da bancada dos trabalhadores (à dir.)