Metalúrgicos iniciam negociação


Tauana Marin

Os metalúrgicos de Santo André e Mauá irão se reunir hoje, às 10h, com os sindicatos patronais da categoria. As rodadas de negociação estão previstas para serem concluídas até dia 28.

Com data-base em 1º de novembro, a categoria formada por 24 mil trabalhadores entregou a pauta de reivindicações aos empresários no início de setembro.

A primeira reunião foi feita na quinta-feira (7). “Até o momento só apresentamos a pauta, não começamos a discutir as cláusulas, efetivamente. Por isso, ainda não houve avanço. Creio que a partir da semana que vem, as negociações, de fato, se iniciem”, conta Cícero Firmino, o Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos das duas cidades.

Ele explica que os primeiros encontros servem para que ambas as partes discutam conceitos e o atual cenário econômico. “É o momento de ouvirmos os empresários e falarmos sobre a economia, exportações. Só então, debatemos os itens, um por um.”

Entre as cláusulas em discussão, está o reajuste salarial (reposição integral da inflação mais aumento real); piso salarial de R$ 2.050 para todos os funcionários, proposto pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) – atualmente de R$ 770, em empresas menores -; além da redução de jornada, de 44 horas para 40 horas – com manutenção dos salários -, e da licença-maternidade de 180 dias (de quatro para seis meses).

Segundo Martinha, as negociações abrangem cerca de 500 fábricas e devem ser concluídas no fim deste mês.

No ano passado, a categoria conquistou 6,53% (com reposição da inflação e 3% de aumento real). “Foi o índice que alcançamos em plena crise financeira mundial – que afetou diretamente as autopeças, devido à redução da produção das montadoras.”

Químicos – O Sindicato dos Químicos do ABC entregou a pauta da campanha deste ano no dia 27 ao Sindiplast (Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo). As cláusulas reivindicadas se estendem a 38 mil químicos da região. Entre os itens estão o reajuste real de 6%.

A previsão do presidente do sindicato regional, Paulo Lage, é de que os acordos sejam firmados até o dia 29.