Miguel Torres, presidente do Sindicato
Campanha Salarial 2008.
Metalúrgicos mantêm greve em duas fábricas e negociam com Grupo 2 nesta segunda-feira.
Diante da falta de negociação para o acordo salarial, trabalhadores de duas empresas metalúrgicas da capital vão ficar de braços cruzados nesta segunda-feira, na expectativa do fechamento do acordo.
A greve acontece na Kato Estamparia, com 220 trabalhadores, na zona leste, e na M.T.U do Brasil, com 120 funcionários, na zona oeste. Ambas são fabricantes de máquinas. Foi nesta última empresa que, durante assembléia no último dia 8, dois diretores do Sindicato e três assessores foram levados para o 46º Distrito Policial, por alegação de desobediência.
Na sexta-feira passada, 10 de outubro, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo realizou assembléias de paralisação em 23 empresas e fechou mais seis acordos diretos, que garantem 11,1% de aumento salarial para os trabalhadores. As assembléias duraram de uma a duas horas e aprovaram estado de greve..
NEGOCIAÇÃO – Nesta segunda-feira, dia 13 de outubro, o Sindicato promoverá novas assembléias, mas sem greves. “Vamos privilegiar a negociação com o grupo 2, marcada para segunda-feira, às 16h, na Avenida Paulista, 1313, 7º andar”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato. O Grupo 2 envolve o Sindimaq (máquinas e equipamentos) e o Sinaees (eletroeletrônicos).
Em três dias de paralisações, o Sindicato fechou 37 acordos, que beneficiam cerca de 5.060 trabalhadores.
A categoria, com data-base em 1º de novembro, reivindica aumento salarial, valorização do piso salarial, fim das terceirizações, cumprimento da Convenção 158 da OIT-Organização Internacional do Trabalho (contra demissão imotivada).
A campanha envolve 54 sindicatos metalúrgicos no Estado, que representam 750 mil trabalhadores.
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